23 | O começo da verdade

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- NATAN -

   Por mais que o meu reino seja conhecido pela sua força, a fidelidade das pessoas que moram aqui dentro nunca foram um ponto forte. Ouvi histórias de traições de quem eu menos esperava, e por isso, hoje em dia, eu não espero nada de ninguém.

Por incrível que pareça, a única pessoa que sabe desse podre é o Cédric, o senhor Amber e a sua esposa.

Cédric nunca cogitou contar nada, já sabendo que eu jamais o perdoaria e que isso custaria a sua vida.

Agora, o senhor Amber...

Ele não fazia ideia com quem estava brincando.

A minha dor de cabeça só aumentava, e não existia nada que pudesse ameniza-la.

A dor de cabeça surgiu de um momento muito específico, e até esse momento ocorrer, eu estava bem, ou pelo menos tentando ficar bem.

Um dos meus novos guardas bateu 3 vezes na porta do meu escritório, esperando minha ordem para poder entrar.

— Entre — ordenei.

— Com licença, Majestade. O pai da Lenna está por aqui, e disse para entregar isto daqui ao senhor — ele estendeu dois papéis, em minha direção, me esperando chegar mais perto para pegar.

Olhei aquela folha com desanimo, sabendo que lá estaria escrito a mesma coisa das últimas cartas que ele tinha me enviado.

Abri o primeiro, amassando a lateral do papel com a força que a minha mão exercia sobre ele.

A tal carta dizia:

" Natan, receio que uma parte sua irá odiar o que irei escrever, mas é a realidade e eu preciso de ajuda. Não sei mais o que fazer, o meu restaurante está prestes a falir e eu preciso de mais dinheiro para salvá-lo, e pretendo usar o resto que sobrar desse dinheiro para dar um fim nessa casa e comprar uma melhor, pois estamos lidando com uma infestação de cupins.

Sei que o valor que você me deu em troca da minha filha era altíssimo, mas o valor estava muito longe de resolver os nosso problemas.

E eu necessito de mais dinheiro".

Essa era a primeira carta. A outra eu abri com mais certeza ainda do que encontraria.

Seria igual a todas as outras vezes.

Ele nunca inovava ou vinha com uma formação de frases mais interessantes.

" Sei que ameaças não são o seu pior medo, mas você sabe o pacto de silêncio que nós dois carregamos.

Para aquele segredo não ser relevado, eu preciso que você dance conforme a minha música.

Alice não gostaria nada de saber o que eu tenho para contar...".

Essa em específico, contendo a ameaça, eu direcionei a lareira, queimando o papel.

Todas as cartas que eu recebia dele,  sempre com pedidos envolvendo mais dinheiro, vinham no mesmo tom de ameaça, e sua capacidade de burrice era tão enorme, que ele mal conseguia disfarçar de uma forma que não ficasse tão evidente o que ele faria se eu não o obedecesse.

Tudo para que uma merda de segredo continuasse sendo ocultado.

E eu estava tão cansado em ter que esconder...

Meu reinadoOnde histórias criam vida. Descubra agora