Capítulo 2

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- Seja bem-vinda à Caliphate.

Agora,mais que nunca,eu tenho certeza que estou louca. Caliphate? O mesmo Caliphate dos meus pesadelos? Não... Isso não é possível. Em um transe absoluto,observava a loira bater palmas e despistar as demais pessoas,que surpreendente a obedecia. Quando todos saíram,deixando apenas nós,um sorriso alegre surgiu em seu semblante.

- Achei que nunca mais fosse te ver - caminhava ate mim.-,ou que nosso último encontro tivesse sido um delírio e...

Recuei. Não queria ser tocada novamente. Não por uma desconhecida,maluca,que jura de dedos cruzados que somos míseras conhecidas e que temos memórias juntas. Como se tivesse acabado de prever os meus pensamentos,ela disse:

- Ah... Entendi... Você não lembra mais de mim,não é mesmo?

- Eu realmente devia?

- Bom,eu esperava que sim... Mas tudo bem. - suspirou frustrada.

Aquela frustração é real,eu sinto isso,sinto tanto que meu coração recebe uma pontada de culpa. Poderia ao menos ter fingido conhecer-la. Afinal,acabei de ser salva por ela. Tenho absoluta certeza que se minha mamma presenciasse isso,ficaria um pouco chateada.
Ela abriu a boca para dizer algo,mas eu a interrompo.

- Você poderia me ajudar a lembrar? - pergunto receosa,podendo ver um sorriso se formar em seu rosto. - Poderia começar me dizendo o seu nome.

- Emma Corrin... Mas,antes de eu te contar mais coisas,você não gostaria de trocar de roupas e se aquecer um pouco? Está suja e molhada e... Isso aí que você caiu em cima - apontou para o amontoado de lama. -,na verdade é estrume de boi e cavalo.

- Eeeca,que nojo! 

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Emma me trouxe para uma pequena casa super aconchegante,dizendo que morava praticamente sozinha,e que antes vivia junto dos seus dois irmãos gêmeos Jennifer e Jason. Desde o início, ela me ajudou bastante desde o banho até o empréstimo de vestes - Como o esperado,neutras e um tanto quanto vintage. Na verdade,lembrava muito as vestes que minha avó Francesca usava em sua época de jovem.-. Fiquei surpresa que os banhos eram dentro de uma grande caixa de madeira,simulando uma banheira,e cuia. Como grande parte das vezes a água precisava ser trocada,por conta do estrume,Emma foi me auxiliando. Como se não bastasse,entre um tempo e outro,preparou um delicioso caldo verde.

- Toma enquanto ainda está quentinho. - disse ponto uma tijela fumegante em minha frente. - Esse é o prato preferido dos meus irmãos. Nossa mãe costumava fazer para nós sempre que tinha tempo em nos visitar.

- E onde ela está agora?

Emma me olhou por cima,enquanto assoprava seu caldo.

- Não precisa me falar se for algo incômodo demais para você. - apressei-me em dizer. - Não queria ser indelicada com você,eu sinto muito!

Emma gargalha leve.

- Não se preocupe,eu não sou órfã,caso esteja pensando nisso.

- Não estou.

Estava sim.

- Minha mãe trabalha no palácio desde que eu era muito novinha. Minha avó quem me criou por boa parte do tempo. Nas folgas,ela vinha me visitar,mas sempre tinha que voltar no mesmo dia,então não era nada divertido. Pelo contrário,tinha hora que eu preferia que ela tivesse optado em não me ver.

Dinastia - Choi Seungcheol Onde histórias criam vida. Descubra agora