As cold as Ice - {traduzido}

21 capítulo

Se adequa

Ice pov;

- Você quer a verdade? - Eu perguntei, engolindo minha dor. Eu sabia que contar a verdade a machucaria. - Claro - Ela respondeu, sua voz ainda embargada pelo choro de momentos atrás.

- Eu não falava com você há meses, só achei que você não se importava mais. Eu também não queria arrastar você para a nossa bagunça. Eu não poderia simplesmente ligar para você e dizer que Avery havia morrido. Eu não poderia fazer você simplesmente parar sua vida por nós - falei enquanto meus olhos se enchiam de lágrimas.

- Eu teria, Alex, eu teria - Deja disse suavemente enquanto esfregava minhas costas suavemente.

- Estou muito longe - eu sussurrei, antes de olhar para ela.

- Eu sempre estarei aqui, não importa o quão longe você vá - ela falou de forma tranquilizadora.

- Onde você está morando, Alex? - Ela perguntou curiosa, enxugando a lágrima do meu rosto com o dedo.

- Moro com um colega de trabalho - afirmei; Eu sabia que era vago.

- Ok, bem, se você ficar preso, você sabe que pode vir até mim - Ela insistiu, passando a mão pelos meus cabelos brancos. - Claro - eu sorri fracamente.

- Eu sempre adorei seu cabelo - Ela admitiu com uma risadinha.

                     ******

Já se passaram alguns dias desde que falei com Deja. Eu sabia que provavelmente deveria ir vê-la novamente em breve, não queria perder contato com ela. Não como antes.

Percebi que não precisava deixá-la para trás só porque ela conhecia Avery.

No entanto, eu sabia que Leonardo Accardi estava escapando ainda mais de nossas garras. Eu odiava que esse casamento arranjado estivesse atrapalhando minha vingança. Na verdade, eu provavelmente teria que assassinar a esposa para que Ace pudesse se concentrar. Ele não se importaria, ele é implacável e eu provavelmente estaria apenas fazendo um favor a ele.

Não vou permitir que ela atrapalhe.

Eu sabia que Ace iria encontrá-la pela primeira vez em 10 dias. Eu não tinha certeza do que aconteceria. Ace nunca pareceu o tipo romântico, ele não parece fazer o tipo de ninguém.

- Ice, cale a boca - Dante falou, entrando na cozinha onde eu estava perdido em pensamentos.

- Dante, eu vou te matar, então cale a boca - Revirei os olhos enquanto me sentava à mesa.

- Quando é a nossa próxima missão? - ele mudou de assunto repentinamente. Ele sabia que eu iria chutar a bunda dele.

- Amanhã acho que vamos verificar outra possível pista para Leonardo - falei antes de dar uma mordida no meu sanduíche. Observei enquanto Dante pensava consigo mesmo, ele parecia estar examinando seus pensamentos.

Antes mesmo que eu percebesse, Ace estava atrás de Dante. Ace sentou na mesa à minha frente. Ele estendeu a mão por cima da mesa e pegou metade do meu sanduíche.

- Ei - eu fiz uma careta enquanto um sorriso se espalhava pelo rosto de Ace. Ele mastigou meu sanduíche antes que eu percebesse uma ruga de nojo aparecer entre suas sobrancelhas. Ele não gostava de tomate e é claro que coloquei tomate nele. Comecei a rir histericamente enquanto Dante apenas nos observava confuso.

Ace ficou de pé e cuspiu a comida da boca no lixo.

- Você é um filho da puta nojento - Ace se encolheu de desgosto. - Me deixe experimentar - Dante falou, pegando meu sanduíche.

- Que porra é essa? Isso não é de graça para todos com o sanduíche do Ice - eu gritei, pegando minha metade de volta assim que Dante cravou os dentes nela. Ace começou a rir da expressão de Dante.

Balancei a cabeça, desapontado. Tudo que eu queria era meu sanduíche.

Todos nós continuamos a conversar e comer com Ace tirando o tomate.

- Amanhã iremos para uma boate - Ace anunciou, limpando a boca com um guardanapo.

Dante pulou de sua posição relaxada de excitação. - Faz muito tempo que não saímos - Dante falou sorrindo

Eu não tinha ideia do que eles estavam falando. Vamos sair? mas Ace me prometeu que seria uma missão para capturar Leonardo.

- Eu vejo a preocupação em seu rosto. Ele estará lá - Ace me assegurou, acalmando meus pensamentos.

- Fomos informados de que ele estaria em uma boate muito famosa -

- Então não vamos festejar - Dante suspirou desapontado.

- Ele é como uma criança - Ace falou comigo enquanto seu dedo apontava para Dante. - Voltaremos se o pegarmos, não se preocupe -

Antes que eu percebesse, eu estava vestido de terno. Olhei para Ace e balancei a cabeça.

- Estamos indo para uma boate e eu estou de terno. Vamos parecer idiotas - balancei a cabeça.

- Estamos indo para uma das casas noturnas mais famosas do mundo. Já estive lá antes e acredite, se eu deixasse você usar qualquer outra coisa, você estaria mal vestido - Ele assentiu enquanto arrumava minha gravata.

- Para ser tão famoso, nunca ouvi falar - zombei, ajeitando meu terno. Ace apenas sorriu e revirou os olhos novamente. - Não é famoso entre o seu povo por uma razão -

- Você está tentando insinuar alguma coisa? - Eu olhei para ele defensivamente. - Não estou insinuando, estou lhe dizendo. A classe baixa e a classe média não sabem disso por um motivo - Ele insistiu. Fiquei meio ofendido, embora soubesse antes de conhecer Ace que eu seria a versão mais baixa da classe que ele poderia conhecer. Afinal, minha mãe era viciada. Ela gastou toda a mesada dos filhos com drogas. Então minhas camisas tinham buracos e meus sapatos eram muito pequenos.

Ace bateu na porta do banheiro.

- Dante anda logo, você sabe que eles têm uma política de atraso - ele gritou na porta.

Dante abriu a porta e eu não pude deixar de rir. Seu terno era um pouco pequeno e a bainha das calças ficava logo acima dos tornozelos. Até Ace abriu um sorriso quando viu ele.

- Isso é difícil, mas não temos outros ternos - Ace sorriu, enquanto Dante ficava de mau humor, com as sobrancelhas franzidas em decepção.

- Isso é o que acontece quando você não cuida do seu traje - Ace comentou, balançando a cabeça com um meio sorriso.

Todos saímos da sala e descemos as escadas. Subimos na limusine e esperamos chegar nessa boate. Foi quando percebi que nem sabia o nome.