As cold as Ice - {traduzido}

38 capítulo

Pintada

Ice pov;

Sofia estava sentada ao meu lado na cama enquanto pintava minhas unhas. Ultimamente ela tem me implorado para eu deixar ela pintar. Ela disse que quer praticar e não pode praticar sozinha.

Ace estava no banheiro conectado ao seu quarto. Nunca o vejo usar aquele banheiro, principalmente porque ele só usa aquele que tem sauna a vapor.

Imagine, eu sei.

- Sofia, você não vai pintar uma delas de rosa, eu concordei com branco - falei enquanto ela sorria maliciosamente, pegando o esmalte rosa.

- Ice, fique quieto! - Ela gritou, apertando meu dedo.

- Ai, ai, ok - eu concordei, antes de olhar para ela silenciosamente. Ace saiu do banheiro e sentou na ponta da cama enquanto Sofia e eu estávamos encostados na cabeceira da cama.

- Ace, diga a sua namorada para parar de pintar minhas unhas de rosa, eu vou ser o braço direito menos ameaçador que você já viu - falei, enquanto Sofia sorria para Ace.

- Desculpe, Ice, você concordou com isso. - Ele ergueu as sobrancelhas para mim.

Esse era o código para ela estar feliz e deixá-la em paz.

Soltei um suspiro de frustração, deixando Sofia pintar minhas unhas do rosa mais brilhante que eu já vi. Eu não sabia que eles faziam cores tão brilhantes.

- Você está fazendo isso de propósito para me torturar! - Eu disse.

- Você é tão dramático, Ice. Pare de ser um bebê. - Ela murmurou, soprando ar na minha unha para que secasse.

De repente ela pegou uma cor azul e começou a pintar em cima do rosa.

- O que você está fazendo? - Eu perguntei curiosamente, enquanto Ace também observava, nós dois confusos.

- Eu nem sabia que você poderia misturar as cores, - Ace expressou, realmente parecendo interessado. Foi uma grande surpresa, nada conseguia chamar a atenção de Ace na maioria das vezes e essa garota tira um pequeno recipiente de tinta e ele fica muito interessado.

Essa garota o tinha na palma da mão e nem sabia disso.

Ela parou de pintar e mostrou minha unha para Ace. Eu vi um sorriso surgir em seu rosto.

- O que é isso? - perguntei, puxando minha mão de volta.

Sofia riu e se inclinou para Ace.

- É um... bloco azul? - eu perguntei confuso.

- É um cubo de gelo - Ace sorriu, antes de eu olhar para Sofia, que sorriu inocentemente.

- É porque você é tão frio quanto gelo - ela brincou antes de eu olhar para ela.

- Ace, faça com que ele pare de olhar para mim - ela disse, olhando para mim.

- Ha ha, que engraçado - eu falei, não permitindo que ela fizesse minha outra mão.

De repente, Ace cutucou meu olho antes que Sofia explodisse em gargalhadas junto com Ace.

- AH, MEU OLHO - gritei, cobrindo os olhos. Me inclinei para trás e rolei, antes de cair no chão.

Sofia e Ace não conseguiam respirar de tanto rir. Pisquei para afastar a dor em meu olho antes de me levantar.

- Isso é abuso, isso é abuso do melhor amigo - argumentei.

- Você é tão engraçado, Ice. - Ela riu e eu comecei a sorrir. Eu era engraçado.

- Sofia, eu uhhhh... eu queria perguntar - gaguejei. Cocei minha nuca sem jeito enquanto ela inclinava a cabeça em confusão.

- Deixa pra lá - eu falei, antes de sair do quarto.

- Ice - Ela gritou por mim. Eu não respondi, mas também não andei mais pelo corredor. - Você pode falar comigo, não vou julgar! - Ela falou em voz alta esperando que eu a ouvisse. Eu fingi que não escutei.

                     ******

Alguns dias se passaram e Ace decidiu que seria melhor procurar novos recrutas. Quando dizemos recrutas, queremos dizer adolescentes problemáticos, moradores de rua, qualquer pessoa com motivos para odiar o governo. Afinal, estávamos trabalhando contra eles.

Ace subornava a polícia de vez em quando, para fechar os olhos aos seus assassinatos. Ele pagaria milhares adiantados, como se não fosse nada. A família de Ace era podre de rica. Milionários. A família dele correu pelas ruas durante anos. Todo mundo sabia seu nome. Hernandez. Ecoou pelos becos escuros.

Como um ninguém acabou sendo seu braço direito é um mistério, até para mim; e eu sou o braço direito.

Uma parte de mim sempre se perguntou por que ele nunca escolheu Dante. Considerando que ele conhece Dante há anos. Por que ele confiaria em mim em vez dele?

Porém, depois de todo o incidente com Sofia, posso entender por que ele também nunca escolheu Dante. Dante é as duas faces de uma moeda. Você nunca saberia como ele reagiria a certas coisas. Além disso, ele não tinha uma certa... crueldade.

Mesmo depois de tudo o que aconteceu com Ace, ele e Sofia. Ace permitiu que ele continuasse amigo dele, mesmo que isso significasse o constrangimento dos primeiros dias quando ele voltou a treinar.

Ace exigiu que todos treinássemos pelo menos uma hora por dia. Isso era para nos preparar para qualquer briga de rua ou combate que pudesse acontecer. Eu podia ver por quê, o povo poderia se rebelar a qualquer momento. A cidade pode acabar em chamas. A família de Ace pode ser derrubada, mas espero que isso não aconteça. Eu provavelmente seria o primeiro morto.

Os rivais de Ace ficaram mais poderosos a cada dia, mas Ace também. É por isso que Dante e eu o escolhemos. É por isso que ele escolheu os EUA.

Eu ajudaria este homem a governar o mundo se fosse isso que ele realmente quisesse.

Andei pelas ruas com o capuz levantado, estava chuviscando.

Nuvens escuras pairavam sobre minha cabeça enquanto eu caminhava por becos e ruas escuras, entregando um bilhete dobrado para qualquer pessoa que passasse e que eu achasse que seria adequado para a máfia.

A maioria deles aceitou hesitantemente, poucos recusaram. Quando você está tão desanimado na vida, nunca rejeitaria uma oportunidade como essa. Ace tentaria voltar para casa com tantos recrutas quanto pudesse. Alugaríamos enormes edifícios desgastados e os restauraríamos. Não estou dizendo que essas casas eram as mais bonitas e não estou dizendo que as coisas mais legais acontecem dentro delas, mas é um teto sobre sua cabeça e comida de vez em quando. Foi incrivelmente generoso, em comparação com outros chefes da máfia, que deixavam de lado os seus trabalhadores, que faziam o trabalho sujo por eles.

Ace não era de forma alguma um bom homem, ele nem era um bom homem. Ele era moralmente cinzento e só mostraria misericórdia se se sentisse generoso. Já testemunhei esse homem assassinar tantas vidas inocentes e tantos culpados também. Eu sempre me pergunto se isso o consome por dentro.

Meu fluxo de pensamentos caóticos foi interrompido quando vi o grupo de adolescentes que colocou Avery nas drogas, do lado de fora de um dos supermercados.

E de repente, cerrei os punhos enquanto caminhava em direção a eles.