Cap 2 🦂

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— Como está a sua querida irmã hoje? — Helena perguntou. A cama rangeu quando me deitei de bruços e suspirei ao telefone. — Babaca como de costume. Eu não tinha contado para minha melhor amiga sobre o showzinho de Zulema no banheiro na sexta-feira à noite. Aquilo me deixou extremamente constrangida, e decidi guardar somente para mim. Uma pesquisa no Google sobre mulheres com pênis acabou me deixando acordada durante toda aquela noite.

O domingo havia chegado, e no dia seguinte, Zulema começaria a frequentar a minha escola, onde nós duas faríamos o último ano do ensino médio. Muito em breve, todo mundo conheceria a otária da minha irmã. Helena soou chocada. — Ela continua sem falar com você? — Continua. Ela foi à cozinha hoje de manhã apenas para pegar uma tigela de cereal e a levou para o quarto.

— Por que você acha que ela é tão pau no cu? Se você visse o pau dela…

— Tem algum problema entre Zaid e ela. Estou tentando não levar para o lado pessoal, mas é dureza. Sim, é dureza mesmo. Deus, não consigo tirar da cabeça! Uma mulher linda com um pau enorme. Merda...

— Você acha que eu poderia gostar dela? — Helena indagou.

— Como assim? Eu te disse… ela é o capeta — vociferei.

— Eu sei… mas você acha que eu poderia gostar dela? Sinceramente, eu sabia que ela era exatamente o tipo de Helena. Ela adorava mulheres sombrias e fechadas, até mesmo quando não eram tão bonitas quanto Zulema. Esse era outro motivo pelo qual eu tinha que manter os detalhes sobre o encontro no banheiro em segredo. Se ela soubesse que Zulema além de linda, tem um pênis, eu nunca mais conseguiria tirá-la da minha casa. Mas ela descobriria em breve como Zulema era, então decidi ser sincera.

— Ela é muito gata, ok? Gata… pra… CARALHOOO. Na verdade, a beleza é basicamente a única coisa que ela tem de bom.

— Ok, estou indo para aí.

— Não está, não. — Eu ri, mas, lá no fundo, pensar em Helena se jogando em Zulema me deixou realmente desconfortável, mesmo que eu achasse que ela não retribuiria a atenção.

— Quais são os seus planos para hoje à noite, então?.

— Bem, antes de conhecê-la e saber que ela era uma escrota, combinei de fazer o jantar de domingo para todos nós. Você sabe… a minha única especialidade.

— Frango Tetrazzini. Dei risada, porque era a única coisa que eu sabia fazer bem.

— Como você adivinhou? — Talvez você possa servir uma surra como acompanhamento para sua querida irmã.

— Não vou encorajá-la. Vou vencê-la com a minha gentileza. Não importa o quanto ela queira ser babaca comigo. A pior coisa que posso fazer é demonstrar que ela me afeta.

Minha mãe me ajudou a pôr a mesa enquanto esperávamos o frango assar. Meu estômago estava roncando, mas era mais de nervosismo do que pelo cheiro de molho cremoso e alho que emanava do forno. Eu não estava nem um pouco a fim de sentar à mesa de frente para Zulema, isso se ela ao menos concordasse em se juntar a nós.

— Maca, por que não vai lá em cima e vê se consegue convencê-la a descer?

— Por que eu? Minha mãe abriu uma garrafa de vinho. Ela era a única que ia beber, e provavelmente precisava. Ela serviu um pouco em uma taça, tomou um gole e disse:

— Olha, entendo por que ela não gosta de mim. Ela me vê como uma inimiga e provavelmente me culpa de alguma forma por seus pais não estarem mais juntos, mas não há motivo para ela te tratar mal. Continue tentando se dar bem com ela, veja se consegue fazê-la se abrir um pouco. Dei de ombros. Ela não fazia ideia do quão abertas as coisas estavam no banheiro naquela noite.

Minha Meia-irmã Zulema Zahir 🦂Onde histórias criam vida. Descubra agora