Cap 8 🦂

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Perdão pela demora amores. Estive viajando mas já voltei com 2 caps novos que irei publicar em sequência, espero que gostem! 🦂❤️

Quase um mês se passou desde aquele encontro no meu quarto.

Zulema saiu naquela noite pouco tempo depois de repetir que eu era estritamente proibida e que nunca poderia acontecer algo entre nós. Não fazia sentido para mim ela insistir tanto nisso, considerando que não éramos realmente irmãs.

Então, senti que devia ter algo a mais por trás disso. A pior parte sobre o que aconteceu no meu quarto foi que Zulema começou a se distanciar de mim. Eu não recebia mais mensagens grosseiras suas, nem convites para jogar videogame.

Quando estávamos em casa ao mesmo tempo, ela ficava no seu quarto, e eu, no meu. Ela também vinha passando mais tempo na loja de bicicletas ou em qualquer lugar fora de casa.

Nunca pensei que sentiria falta dos seus insultos e seu jeito rude de falar comigo, mas daria qualquer coisa para que as coisas voltassem a ser como eram antes do que rolou em meu quarto.

Aff. Eu estremecia toda vez que pensava nisso. Mas, naquele momento, estava embriagada por ela e queria saber como seria, mais do que qualquer outra coisa que já quis na vida. Eu estava pronta. Zulema e eu tínhamos completado 18 anos nas semanas seguintes àquela noite. Nossos aniversários tinham apenas cinco dias de diferença. Então, eu realmente me sentia madura o suficiente para dar esse passo com alguém.

Não que estivesse intencionalmente me guardando para o casamento ou algo assim. Eu era virgem só porque nunca quisera perdê-la com ninguém antes de Zulema. Ela passou as últimas semanas deixando bem claro que isso nunca iria acontecer entre nós. Mas eu sentia falta dela. E então, certa noite após o jantar, as marés mudaram, e recuperei um pequeno pedaço dela.

Normalmente, Zulema nunca comia em casa, mas, naquela noite de quarta-feira, por algum motivo, ela decidiu se juntar a nós. Desde a noite em que vi o quanto Zaid a tratava mal, passei a evitar meu padrasto de todas as maneiras possíveis, exceto ao sentar à mesa com ele no jantar. Minha mãe e eu também não estávamos em bons termos, porque ela continuava a insistir que não era seu papel se envolver nos problemas de Zaid com Zulema.

Zulema não estava fazendo contato visual comigo à mesa. Ela ficou apenas olhando para baixo, enrolando o macarrão no garfo. Em determinado momento, fiquei olhando pela janela, fitando as roupas penduradas no varal da casa vizinha, secando com a brisa. Pude sentir os olhos dela em mim. Era como se ela estivesse esperando que eu desviasse a atenção para poder olhar para mim quando achava que eu não estava percebendo.

Como pensei, quando virei o rosto para ela, sua cabeça baixou novamente, e ela voltou a brincar com seu macarrão. Zaid estava daquele jeito, reclamando que o jantar simples de massa e molho vermelho não serviu para satisfazer seu apetite. Ele levantou abruptamente e foi até o armário de lanches.

— Maca, por que raios você enfiou todas essas calcinhas nessa lata de Pringles? — ele gritou.

Fiquei boquiaberta e olhei para Zulema, nos encaramos por alguns bons segundos antes dela dar uma risada e não conseguir se conter. Nós duas caímos na gargalhada. Nenhuma de nós conseguia parar. Eu adorava o som da sua risada genuína. Olhar para o rosto confuso de Zaid me fez rir ainda mais. Quando as gargalhadas pararam, Zulema ainda estava sorrindo para mim e disse baixinho o suficiente para que somente nós duas ouvíssemos:

— Eu te disse que elas não estavam no meu quarto. Zaid bateu a lata na mesa diante de mim. Eu a abri e conferi.

— Não estão todas aqui. Zule piscou.

— Fiquei com algumas para mim — ela confessou sedutoramente.

Revirei os olhos e joguei uma na cara dela. Ela a pegou no mesmo instante e a colocou na cabeça, usando-a como uma touca. Só mesmo minha meia-irmã ficaria gostosa pra caralho com uma calcinha na cabeça. Ela continuou a me olhar com o sorriso perverso pelo qual eu tanto ansiava. Foi bom ter sua atenção novamente, embora por pouco tempo. Naquela noite, eu estava vestindo meu pijama quando meu celular vibrou.

Minha Meia-irmã Zulema Zahir 🦂Onde histórias criam vida. Descubra agora