Cap 19 🦂

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As luzes começaram a piscar na minha máquina, e estava apitando loucamente. Um monte de números sete se alinhou em uma fila perfeita.

O número de créditos ficou girando e girando. Olhei em volta e todas as pessoas ao redor estavam me olhando. Elas começaram a aplaudir. Meu coração estava acelerado.

Puta merda. Eu ganhei. Eu ganhei! O que eu ganhei? Eu ainda não sabia.

Não estava entendendo aquela máquina. Ela exibia o número de créditos, mas não a quantia. Quando tudo finalmente parou, ejetei meu ticket e levei até um caixa.

— Eu acho que ganhei, mas não sei quanto.

— Você quer sacar?

— Hã… sim. A pessoa estava bem pouco entusiasmada para me ajudar.

— Quanto eu ganhei?

— Mil.

— Mil moedas?

— Não, mil Euros. Cobri a boca e falei contra minha palma:

— Ai, meu Deus!

— Você quer em notas de cinquenta ou de cem?

— Hã… de cem. Ela me entregou um maço de dinheiro, e senti o cheiro antes de sair correndo para encontrar Zulema. Ao passar em meio ao caos e luzes brilhantes com o dinheiro pesando na minha bolsa, finalmente a localizei em uma das mesas de pôquer.

Ela estava muito pensativa, coçando o queixo, e não sabia que eu a estava observando. Sua camisa ainda estava com alguns botões abertos, com as mangas dobradas até os cotovelos.

Seus cabelos estavam bagunçados de uma maneira que demonstrava que ela passou as mãos pelos fios em frustração enquanto se concentrava.

Havia algo tão dolorosamente sexy no contraste entre seu novo visual usando óculos para enxergar melhor as cartas. Finalmente, ela bateu as cartas sobre a mesa e pude ler seus lábios dizendo “Merda”.

Ela olhou a tela de seu celular e se levantou da mesa. Saiu andando e enfim me avistou sorrindo para ela em um canto.

— Eu perdi a minha camisa de duzentos dólares. Eu estava indo bem por um tempo, mas aí o último jogo me fodeu. E você? Enfiei a mão na minha bolsa e ergui o dinheiro.

— Ah, nada não, só ganhei uma coisinha na máquina de moedinhas…

— Porra! Tá brincando loira?

— Mil Euros! — eu disse, balançando as notas diante do rosto dela e pulando no lugar.

— Cacete, Macarena! Parabéns! Quando ela me puxou para um abraço rápido, mas firme, logo fechei os olhos, porque foi tão bom estar em seus braços novamente.

Cada nervo meu acordou para a vida naquele breve momento. Fiquei ouvindo a voz de Carmen em minha cabeça. "Você tem vinte e quatro horas". Agora, faltava menos que isso.

Uma imagem engraçada de Carmen com uma arma apontada para minha cabeça surgiu na minha mente. Guardei o dinheiro na bolsa.

— Vamos sair para jantar e comemorar. Enquanto caminhávamos pelos corredores procurando um restaurante, o celular dela tocou. Paramos de repente.

— Oi, amor. — Ela me lançou um olhar rápido ao dizer isso, e instintivamente, virei as costas. Com o coração na boca, me afastei alguns passos, ainda ouvindo cada palavra.

— Que bom que você chegou bem. — Eu tive um pequeno ataque no enterro, na verdade. A Maca me levou para andar de carro por aí um pouco até eu me acalmar. Acabamos vindo parar em um cassino em Alcorcón. É onde estamos agora. — Pode deixar. — Eu também. — Divirta-se. Diga a todos que mandei um oi. — Também te amo.

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⏰ Última atualização: Oct 22 ⏰

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Minha Meia-irmã Zulema Zahir 🦂Onde histórias criam vida. Descubra agora