Enid Sinclair é a abelha rainha da escola, uma garota popular que controla todos ao seu redor com um sorriso afiado e uma língua ainda mais cortante. Tudo muda quando uma nova aluna chega à escola: Wednesday, uma jovem rebelde que se recusa a seguir...
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Nevermore Academy 8:00 AM.
Enid nunca se atrasa. Não se chega longe na vida sem planejar com antecedência e por isso ela sempre faz questão de chegar pelo menos cinco minutos antes onde precisa estar. Não é culpa dela que Belle tenha decidido fazer birra esta manhã e, quando Enid conseguiu acalmá-la, elas só tinham dez minutos para chegar à escola. Ela sempre precisa deixar Belle primeiro, e é por isso que agora ela está correndo pelos corredores, tentando chegar a tempo da AP.
De alguma forma, ela consegue entrar na sala de aula quando o segundo sinal toca, então não há consequências para seu atraso e ela apenas pede desculpas à professora antes de se sentar na fileira perto da janela. Pegando seu caderno e seu estojo, ela coloca o telefone entre as pernas para que as meninas saibam que está viva e fica surpresa ao ver que tem mais mensagens do que esperava. Tanto Bianca quanto Divina explodiram suas notificações do Whatsapp.
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Enid olha para a tela sem acreditar. É claro que as meninas não poderiam ter sido gentis o suficiente para deixar uma foto ou um instantâneo do que queriam que ela visse e agora ela terá que esperar até a aula acabar para ficar por dentro das últimas fofocas.
Com um suspiro irritado, ela pega uma caneta e começa a copiar as anotações no quadro.
[...]
Enid não percebe nada fora do comum ao sair do AP Government, enviando uma mensagem rápida para o chat em grupo das Ofelias para que se encontrem em seu armário. Ela está vagamente ciente de que há pessoas olhando para ela, apontando e resmungando baixinho, mas sempre há pessoas fazendo isso e ela aprendeu a não se importar com isso.
Afinal, é muito melhor ser aquele de quem as pessoas falam do que não ter nada melhor para fazer a não ser falar de outra pessoa.
Ela vai até seu armário e o abre para pegar seu livro de psicologia. Um papel dobrado cai aos seus pés e ela se abaixa para pegá-lo, mantendo-o entre o indicador e o dedo médio enquanto termina o que tem que fazer. Não é a primeira vez, nem será a última, que alguém deixa mensagens aleatórias pela fresta do seu armário. Ela fecha a porta e se encosta na parede de armários, esperando que as meninas não demorem muito.
