O veneno que partilham

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Observaram pessoas entrarem e saírem do restaurante até o fim da noite

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Observaram pessoas entrarem e saírem do restaurante até o fim da noite. Nada de estranho e suspeito aconteceu, era realmente como se estivesse tudo bem. Nilo já havia experimentado todas as bebidas do bar, e as outras pessoas olhavam em choque para ele, que tinha que fingir estar bêbado para não chamar tanta atenção. O que no fundo não ajudava muito, já que pela quantidade de bebida ingerida, ele já deveria ter desmaiado a umas duas horas.

O restaurante estava fechando, enquanto o bar ficava cada vez mais animado. Anila observou os jornalistas saírem cabisbaixos pela noite não ter rendido nada. Os últimos a saírem foram os funcionários, todos juntos. Se despediram, e começaram a se dispersar para diferentes direções, alguns vieram para o bar, mas não foram nenhum dos três Natures.

Anila se levantou do banco, disse que um dos dois pagaria a conta, e explicou:

— Se vocês querem fazer parte disso, tudo bem. Oleandro vai atrás do gerente, Nilo do garçom e eu vou atrás do cozinheiro. Observem para onde vão, com quem falam e onde moram. — E então ela sorriu. — Nos vemos amanhã de manhã.

Eles não reclamaram da missão, Nilo na verdade ficou bastante empolgado. Quando saiu para o frio da noite, Anila deu um suspiro discreto. Finalmente tinha se livrado deles.

Ela seguiu Naue, entrando em alguns becos e mudando de aparência para não ser reconhecida. Pensou que ele iria para casa dele, que já tinha buscado em um aplicativo daquele mundo onde ficava, mas ele mudou a rota no meio do caminho. Virou algumas quadras e começou a voltar na direção do restaurante.

Anila começou a ser mais cautelosa, ele não teria percebido ela, teria? Continuou com o plano, mas se preparando para qualquer ocorrência. Quando o viu se aproximar do restaurante, subiu pelos edifícios e começou a caminhar pelo telhado. O viu entrar em um beco atrás do restaurante e esperar.

Anila se escondeu bem, e observou tudo aos seus arredores. Atenta a cada movimento. Não demorou muito para sentir algo atrás de si, e se preparou para atacar, quando se virou, porém, reconheceu quem se esgueirava para perto dela.

Nilo abriu um grande sorriso e chegou mais perto. Parou de um lado seu, e Oleandro do outro. Os olhos de Anila queimavam, e ela debatia internamente se deveria socá-los até a morte ou não.

Nilo pegou um caderninho do bolso e uma caneta, e rabiscou algo. Quando entregou para ela, Anila percebeu que era um “oi” com uma carinha sorridente. Ela teve vontade de incinerar o caderninho. Anila tomou a caneta da mão dele e escreveu algo, mas o entregou a Oleandro.

“O que estão fazendo aqui?” Ela escreveu.

“Teorizamos que você só nos mandou atrás daqueles dois para se livrar da gente. Esse cara é quem é o seu suspeito, não?” Ele perguntou.

Anila já tinha escrito meia páginas de reclamações, quando ouviu Naue dizer:

— Até que enfim, pensei que não viria mais.

Os segredos das cobrasOnde histórias criam vida. Descubra agora