O motivo reservado a ela

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Enquanto observava seu quadro em uma sala reservada no Posto, Anila podia sentir os olhares de seus companheiros em suas costas

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Enquanto observava seu quadro em uma sala reservada no Posto, Anila podia sentir os olhares de seus companheiros em suas costas. Sabia que não estavam contentes, mas tentava ignorá-los.

Não tinha mais como deixá-los fora do caso. Não com Oleandro sendo o ser que poderia rastrear Vania. Mas ela também não podia colocá-los de cabeça nisso, resolvendo ou não o caso, Anila sabia que no fim seria punida por se meter naquilo, não queria que o mesmo acontecesse com eles, então quanto menos soubessem melhor.

Dizer apenas isso não adiantou. Eles não conseguiam entender como alguém que trabalhava para a Realeza não podia mexer com casos dados a seres da Realeza, se fossem só eles, poderiam entender, mas ela…

Anila apenas lhes disse que nem tudo era tão simples, que haviam lugares, coisas, nas quais ela não podia estar, mas que queria saber sobre, que precisava. Que coisas eram essas, ou quais seus motivos ela não explicou, e eles continuaram irritados.

Havia mudado algumas coisas do seu esquema no quadro, encoberto com magia algumas informações de modo que eles não pudessem ler. Vira e mexe Nilo tentava desativar a magia escondido, mas não conseguia.

Ele suspirou pela milionésima vez, enquanto Anila tentava entender melhor tudo aquilo. Seu suspiro a desconcentrou e ela perdeu a linha de raciocínio parando de murmurar. Piscou algumas vezes, se concentrou e voltou a pensar de novo, até outro suspiro a desconcentrar.

— Pare com isso — rosnou para Nilo, que a olhou desafiante e respirou profunda e audivelmente. Anila fechou os olhos e suspirou tentando manter a paciência.

— Isso não é justo — Nilo reclamou com os braços cruzados. Anila a olhou séria, se perguntando por quais motivos mesmo que ele era um Guarda, não parecia nada com um agindo como uma criança birrenta daquela forma e desobedecendo seus superiores. Não que ela não estivesse fazendo a última parte também, mas ainda assim.

— Eu já expliquei…

— Você não explicou foi nada! O que isso significa?

— Eu já disse que não posso dizer! Caralho, é tão difícil me escutar apenas uma vez?

— É exatamente o que quero fazer, escutar o que isso significa!

— Não.

Nilo cruzou os braços e virou o rosto, Anila revirou os olhos e voltou a olhar para o quadro. Oleandro ficou olhando de um a outro, pensativo. Sabia que Nilo não desistiria, então tentou intervir com Anila:

— Mesmo que haja coisas que não possamos saber, já estamos aqui, deixa a gente ajudar da forma que puder. Você sabe que trabalhamos melhor juntos.

Anila apertou os dentes, pensativa, sabia que aquilo era uma péssima ideia, deixá-los ir longe demais seria… perigoso, para dizer o mínimo. E tinha certeza de que conseguiria resolver aquilo sim sozinha, de uma forma ou de outra. Mas isso demoraria mais, e tempo era uma coisa que ela não tinha, então deu um longo suspiro, que chamou rapidamente a atenção de Nilo, e disse:

Os segredos das cobrasOnde histórias criam vida. Descubra agora