Inclinados ao certo e o errado

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— Já há muitos e muitos anos que essa guerra entre Natures de magia boa e Natures de magia ruim, mais conhecidos como Praticantes, vem acontecendo

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— Já há muitos e muitos anos que essa guerra entre Natures de magia boa e Natures de magia ruim, mais conhecidos como Praticantes, vem acontecendo. Que milhares de seres de ambos os lados são sempre mortos e mortos e nada nunca chega a um fim definitivo. Há mais ou menos vinte anos atrás tivemos uma grande guerra, que acabou em mais milhares de mortes. Os dois lados ficaram grandemente enfraquecidos. Mas a Realeza se recuperou excepcionalmente bem e rapidamente, enquanto achavam que nós ficamos mais fracos e que cada tentativa nossa de algo era apenas puro desespero. Mas essa é a questão, isso é apenas o que eles acham. A verdade é que nós crescemos, cada vez e cada dia mais, e estamos crescendo, e crescendo, e crescendo, e a cada dia ocupamos mais lugares de destaque, lugares difíceis de nos tirar. Um outro confronto não está muito longe.

— E vocês me querem ao seu lado — Anila disse. — Por que eu faria isso?

— Porque somos o lado certo da história aqui — disse Vania. Nilo bufou atrás de Anila, e Vania franziu os lábios o olhando irritada. Baem sorriu, ignorando os dois, e continuou:

— Sabem por que lutamos tanto? Lutamos tanto porque somos o lado que realmente está sendo oprimido. Nossa magia não é o que eles dizem ser, não é o que ensinaram para vocês. Ela é muito mais, muito mais do que o que foi ensinado, muito mais do que podem imaginar.

Baem se desencostou da mesa, e se aproximou deles. Nilo e Oleandro ficaram tensos, Anila manteve a calma. Ele parou à sua frente e a observou bem.

— Nathair lhe mostrou isso, não mostrou? Ele te contou, não contou?

— Contou tudo que sabia — Anila mentiu. Nathair não tinha contado tudo, mas ela queria que Baem pensasse que sim, assim, talvez ele confiasse mais nela. Baem sorriu.

— Sinal de que ele confia em você, isso é bom, nós Cobralias não confiamos em muita gente, você sabe. Mas sabe? O que ele te contou não é muito, o que ele sabe não é muito. O que ele te mostrou, também não é muito, nossa magia é muito mais. Posso te mostrar?

Baem estendeu a mão. Anila a olhou pensativa.

— Anila… — Oleandro chamou em advertência.

Eles sabiam o que ele queria, se conectar com a sua magia, entrar nela para mostrar o que quer que quisesse mostrar. Mas aquilo era perigoso, dar o acesso da sua magia a alguém? Apenas se fosse alguém em quem você confiasse plenamente.

A resposta deveria ser um claro não, mas Anila hesitou. Sempre soube que Nathair não sabia de tudo, ele mesmo confessou isso. Que não era tão forte quanto os outros da sua espécie, que não conseguiu desenvolver todas as habilidades que eles tinham conseguido. Ele não tinha tanta experiência nem tanto domínio da magia, não tanto quanto Baem deveria ter.

Baem estava em paz com quem ele era. Isso era óbvio só de olhar nos olhos dele. Ser um Cobralia não o incomodava, ele gostava disso, gostava do poder que tinha. Tinha controle sobre ele, domínio. Tinha ido longe em sua magia, mesmo que escondida sob a pele, Anila conseguia sentir. Se prestasse bem atenção, era possível sentir, tinha mais ali, assim como na magia daquela casa, e Anila queria saber o que era. Queria desvendar aquilo, desvendar todos aqueles segredos.

Os segredos das cobrasOnde histórias criam vida. Descubra agora