Pelo que acreditam e defendem

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Anila sentia que o embate havia começado há horas, mesmo que só tivessem se passado alguns minutos

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Anila sentia que o embate havia começado há horas, mesmo que só tivessem se passado alguns minutos. E não que ela estivesse cansada ou ferida, mas a demora para conseguir o que queria já estava a deixando com raiva.

Seu elemento surpresa já tinha sido usado, Baem já não a subestimava mais, e assim como ela, parecia achar que aquilo já estava demorando tempo demais. O objetivo dele era claro, queria matá-la, mas Anila se mostrava ser bastante esquiva e assertiva em seus golpes. Anila também tinha um objetivo claro, pegar aqueles outros dois pergaminhos, que Baem protegia com afinco, já tendo os dois enrolados em sua cabeça de cobra.

Ele tinha tentado guardá-los, mas Anila não deixava, e muito menos Oleandro e Nilo deixavam que Vania e Naue o fizessem. Os quatro também estavam em um embate acirrado.

Baem foi o primeiro a arriscar, deixou que Anila desferisse um golpe com a adaga em seu braço, para que conseguisse empurrá-la com toda sua força para longe. Anila conseguiu resistir a magia administrada no empurrão, mas cambaleou alguns passos para trás.

Aproveitando esse momento, Baem não a atacou, mas sim pegou o compartimento com os dois pergaminhos e o jogou para cima. A cobra em sua cauda abriu a boca, pronta para abocanhá-los, mas antes que o fizesse, Anila investiu contra Baem e lançou sua adaga.

Ela o segurou para que não conseguisse se mexer, e observou a adaga ir de encontro a cabeça de cobra e ao compartimento. Se a cobra desviasse a boca, a adaga acertaria o compartimento e o pregaria na parede, o que Baem não sabia se Anila conseguiria fazer desaparecer junto com a adaga. Mas se a cobra optasse por pegá-lo, a adaga atravessaria seu pescoço e ela não poderia engoli-lo.

A cobra optou pela segunda opção, soltando um engasgar horrível quando a lâmina a atravessou. Baem olhou para Anila com raiva, e segurou seus braços, tentando imobilizá-la e mordê-la. Mas Anila o curvou, e lhe deu uma joelhada no estômago.

Antes que tentasse mordê-la de novo, ela o empurrou em cima da mesa, torceu um de seus braços até ouvi-lo quebrar e então lhe desferiu um soco no rosto, e então outro e mais um. Ia lhe dar mais um, mas uma lâmina rolou para perto de seus pés, tendo sido solta por Oleandro em meio a luta. Anila pisou na ponta do cabo, fazendo com que a lâmina voasse. Ela a pegou com a mão, e estava pronta para matar Baem, quando notou pelo canto do olho que Naue morderia Oleandro.

Notou rapidamente que Nilo não poderia ajudá-lo e que ele não estava com a outra adaga, então fez uma escolha, lançou a sua. Naue conseguiu morder Oleandro, que gritou, mas não teve tempo de espalhar muito veneno, pois a adaga se cravou em seu pescoço, fazendo com que ele se afastasse.

Anila não conseguiu ver o que veio a seguir, pois sentiu um ardor corroer todo seu corpo quando Baem mordeu seu pescoço. Ela trincou os dentes, e usou o braço que Baem não segurava, para envolver seu longo pescoço e tentar torcê-lo. Baem, porém, fez com que a cobra em sua cauda se aproximasse, que passasse o compartimento para ele e que desse a volta em Anila, para mordê-la do outro lado.

Os segredos das cobrasOnde histórias criam vida. Descubra agora