Dylan Bolat
PassadoAos doze anos, a ilha ainda era nosso playground, mas agora nossos dias eram mais preenchidos por risadas, segredos e brincadeiras mais elaboradas. A praia continuava sendo o nosso refúgio, o lugar onde éramos apenas eu e ela.
Era um daqueles dias de verão perfeitos. O sol brilhava intensamente, a água estava convidativa e as ondas vinham e iam, criando uma sinfonia tranquila ao fundo. Estávamos na beira da água, jogando um pouco de areia um no outro e gargalhando como se não houvesse amanhã.
— Você nunca vai me pegar, Dylan! — ela gritou, correndo para o mar, seus pés descalços deixando pegadas na areia molhada.
— Vamos ver, bruxinha! — retruquei, correndo atrás dela.
Entramos na água rindo, e logo começamos a jogar água um no outro, criando uma pequena guerra de risadas e respingos. Ela tinha um jeito especial de se mover, ágil e graciosa, e eu sempre ficava encantado com a facilidade com que ela se esquivava das minhas tentativas de molhá-la mais.
— Peguei! — gritei, finalmente conseguindo jogar um jato de água bem no rosto dela.
Ela riu, enxugando o rosto e me lançando um olhar de fingida indignação.
— Você venceu desta vez, bruxinho. Mas só desta vez.
Continuamos a brincar, nossa risada ecoando pela praia deserta. Foi então que, sem aviso, ela correu até mim e me abraçou. Senti seu corpo quente contra o meu, e meu coração começou a bater mais rápido. Não era a primeira vez que ela me abraçava, mas dessa vez parecia diferente.
— Você sempre será meu melhor amigo, Dylan — ela sussurrou, olhando diretamente nos meus olhos.
Havia algo na maneira como ela disse isso, algo que fez meu coração bater ainda mais rápido. Eu não entendia por que me sentia assim, só sabia que era uma sensação esquisita e ao mesmo tempo maravilhosa.
— E você sempre será minha bruxinha — respondi, tentando parecer calmo, embora sentisse como se estivesse prestes a explodir.
Ela sorriu, e aquele sorriso iluminou meu mundo inteiro. Naquele momento, percebi que a minha bruxinha não era apenas uma amiga. Ela era especial de um jeito que eu ainda não conseguia entender completamente.
Ficamos assim por alguns instantes, abraçados na beira do mar, com as ondas nos rodeando como se fossem parte da nossa própria dança. Era um momento perfeito, um daqueles que você guarda no fundo do coração para sempre.
Finalmente, ela se afastou, mas continuou a segurar minha mão por um breve segundo antes de soltá-la.
— Vamos voltar? — perguntou, ainda sorrindo.
— Vamos — respondi, sentindo aquela estranha e maravilhosa sensação no peito.
Voltamos para a areia, rindo e brincando, mas algo dentro de mim tinha mudado. Eu não sabia o que era, mas sabia que a minha bruxinha fazia meu mundo girar de um jeito diferente, especial. E, por enquanto, isso era tudo o que eu precisava saber.
Enquanto caminhávamos pela areia, uma ideia me veio à cabeça. Era algo que eu tinha visto nos filmes que meus pais assistiam, algo que sempre parecia importante. Parei de repente, fazendo com que ela também parasse e me olhasse com curiosidade.
— O que foi, bruxinho? — perguntou, inclinando a cabeça.
— Eu... Eu quero tentar uma coisa — disse, sentindo meu rosto esquentar.
Ela me olhou curiosa e esperou, sem se afastar. Eu me aproximei um pouco mais, hesitante. Então, antes que pudesse perder a coragem, inclinei-me e dei um beijo rápido em sua bochecha.
Era apenas um toque suave, mas fez meu coração disparar como nunca antes.
Ela arregalou seus olhos mas sorriu com suas bochechas corando. E antes que eu pudesse me recuperar, ela se inclina e deixa um beijo demorado no meu rosto também.
— Eu gostei disso, Dy.
— Eu também, Girassol... Eu também.
❤️Por você, amor❤️
Coração da autora está na mão com tanta fofura ❤️
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Por você, Amor.
RomanceQuando Elizabeth Wash decide passar o verão na casa de praia de seus avós, ela não esperava encontrar um vizinho enigmático que despertaria sentimentos tão intensos. Dylan Bolat, com seus olhos penetrantes e comportamento frio, parece odiá-la desde...