In The Name Of Love

6° Promessa

ฅ⁠^⁠•⁠ﻌ⁠•⁠^⁠ฅ

Estávamos longe quando de repente Jisoo pegou meu presente e jogou dentro de uma lixeira. Parei imediatamente de caminhar, totalmente incrédula.

- Você acabou de...!

- Nada de presentes, Jendeukie.

- Era meu! A Rosie rica me deu!

- Você não precisa, ok? —Pegou novamente em minha mão, me fazendo caminhar com ela. — Esqueça esses meses que ficou com elas.

- São minhas amigas...

- Não, não são. Por acaso você contou para elas?

- Claro que não! Acha que sou burra?

- Jamais. Apenas... Estou tentando nos livrar disso, ok? 

  Assenti desanimada. Eu sei que Jisoo faria de tudo para nos manter bem.

ʕ⁠っ⁠•⁠ᴥ⁠•⁠ʔ⁠っ

      Nove anos atrás.

A adolescente de quatorze anos andou lentamente para o subsolo, descendo as escadas em passos lentos e assim que chegou na sala barulhenta, simplesmente empurrou devagar a porta de aço. Ela não gostava daquele cômodo, mas era fascinante olhar o quê acontecia lá. Vários cientistas trabalhavam ali, exclusive seus pais.

Jisoo se assustou ao sentir uma mão em seu ombro, por isso se virou rapidamente e encarou o homem alto.

- Vai entrar, ou ficará no meio?

- D-desculpa! —Se afastou, deixando o mais velho passar. 

 Claro. Ela podia muito bem andar pelo enorme prédio, mas seu medo era gigantesco ao aproximar da sala onde seus pais trabalhavam. Jisoo estava prestes de ir embora, mas parou ao escutar um choro infantil. Ela olhou novamente, vendo a garotinha com fofas orelhas felinas chorando.

Aquilo chamou total atenção de Jisoo, e por impulso entrou na enorme sala. Ela observou a garotinha correndo, notando logo que ela tentava fugir. Foi necessário dois homens para pegá-la, levando-a novamente para maca. Choro, gritos e tentativas de arranhar aqueles homens eram notáveis. 

- S-solta ela! 

  Quase todos daquela sala encararam a adolescente.

- Jisoo, seus pais estão no outro cômodo, então melhor sair daqui.

- Solta ela! É apenas uma criança.

- Não, não é. —Riu debochado enquanto preparava uma injeção.

- Dê licença, Jisoo. —O outro homem falou. — Você não está pronta para trabalhar aqui, já que fica toda encolhida nessa sala.

  Jisoo encarou a garotinha chorona. A pequena ainda se debatia para ser solta, parecia tão agoniada.

A única coisa que a adolescente fez foi sair correndo, saindo do cômodo assustador e foi atrás dos pais. Ela necessitava contar o quê tinha acabado de ver.

- Pai, você tem que ajudar ela! Corre, papai.

- O quê está acontecendo, querida?

- Eles pegaram uma criança! É apenas uma criancinha pequena.

  Os mais velhos se encararam confusos, logo olharam a filha.  

- Criança? —A mulher perguntou. — Aqui não tem criança, meu bem. 

- Tem! Eu vi! É uma menininha com orelhas de gatinho.

- Ahh! —O homem exclamou ao entender. — Não se preocupe, Jisoo. É só uma experiência. Ela é a única que sobrou da origem dela, infelizmente o resto foram mortos, então ela será forte para nos ajudar a criar mais.