8° Família

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P.O.V Jisoo

Acordar já não é algo bom, imagina acordar e já ficar desesperada ao não encontrar sua única companhia em nenhum lugar. 

Isso que aconteceu. Têm minutos que acordei, e nada de encontrar Jennie. Ela sabe que não deve andar jamais para nenhum lugar, ainda mais que acabamos de nos mudar e ela não conhece o local. 

Troquei rapidamente minha roupa, sem ao menos lavar o rosto ou arrumar o cabelo, apenas corri para fora de casa.

Tentei não chamar atenção, mas naquele momento não importei com nada, claro que havia poucas pessoas pelas ruas.

 Eu deveria achá-la. Jennie não deveria fazer isso, é tão perigoso, e eu nem digo sobre algum daqueles manés pegá-la, seria meio que impossível saberem que Jennie é a híbrida e sim pois ela poderia se perder.

Ficar cinco meses sem tê-la por perto foi horrível, preocupante também já que eu não sabia como ela estava e se estaria segura em um mundo tão gigante para ela.

 Eu nunca fui boa em ensinar sobre o mundo verdadeiro, confesso que falhei nisso. Nunca contei como podia existir pessoas boas, mas sim sobre as ruins, e isso parecia ser o suficiente para mantê-la perto de mim.

Jennie havia se tornado uma irmãzinha desde a noite que a salvei, e por mais que eu fosse nova quis cuidar dela, só esqueci o quão difícil é cuidar de alguém e tudo piorou ao não ter mais ninguém ao meu lado.

 Não que eu não tenha parentes, claro que sim, mas eu não podia ficar com eles estando com a Jennie. Eu sou totalmente diferente deles.

Acreditei muito que eu teria uma vida maravilhosa, bem sucedida e com futuro brilhante, contudo, isso desabou ao não ter meus pais comigo. Uma adolescente órfã junto de uma criança Híbrida.

Eu odiava tanto saber que aqueles homens nunca esqueceram da Jennie, e eles tinham certeza que ela estava comigo, haviam recuperado filmagens das câmeras exatamente do momento que eu resguardei a Jennie. Eu enganei eles durante oito anos, até o momento que eles cansaram de esperar e isso tudo aconteceu. Somente deu tempo de mandar a gatinha Jendeukie correr o mais rápido possível, sem deixá-los vê-la fugindo.

Cinco meses com eles tentando fazê-los acreditar que eu não sabia sobre nenhuma híbrida, que ela fugiu para longe de mim e que eu não tinha ideia do seu paradeiro. Eles acreditaram que ficar comigo durante meses faria a garota surgir e me salvaria, eu ri tanto daquele pensamento ridículo: mesmo sabendo que seria capaz, pela primeira vez orei para Jennie não aparecer.

Saber que ela encontrou um lugar.... Oh! Isso. É claro que ela estaria lá. Fui o mais rápido que pude para o outro quarteirão meio longe. Lógico que Jennie estaria com aquelas mulheres.

Não hesitei em bater à porta daquela casa diversas vezes até ser aberta. 

- Ah... Você.

- Chame a Jennie. —Digo já entrando. — Sei que ela está aqui.

- Cara, são seis da manhã. —Fechou a porta. — Você não dorme não? Eu até pensei que fosse a louca da Rosé.

- Isso não é hora de estar dormindo. —A encarava incrédula. — Vai ou não chamá-la?

- Não!? Ela está cansada. 

- Cansada? Se você não sabe, ela nem deveria sair escondido, é perigoso. 

- Se ela saiu, pode ser que ela queira ficar aqui e não com você.

- Pare de ser infantil. —Comecei a caminhar, lógico que ela seguiu. — Eu apenas quero levá-la comigo, então relaxe. 

In The Name Of Love Onde histórias criam vida. Descubra agora