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Nicholas Davis

One of The girls.
Pela décima vez na noite, porque, quando Maddy não está escutando One Direction, ela está escutando essa playlist carinhosamente nomeada por ela de Red Light's.

A uma coincidência intrigante sobre as músicas, todas elas de alguma forma realmente lembram luzes vermelhas e consequentemente, sexo.

Maddy com certeza é a mais romântica da família — depois de mim, é claro — ano passado ela pode ter assistido todos os filmes de romance já gravados no mundo e ter lido todos os livros deste mesmo gênero. De um tempo para cá ela tem migrado para os filmes de terror. Jamais será um gênero qual eu aprecie, mas aparentemente, ela sim.

Penso que talvez tal mudança tenha haver com suas amizades. Nunca gostei de Amaya. Aquela outra garota que anda com elas nem decorei o nome.

Não que eu pense que "May" é uma amiga de fato ruim para a Maddy, só acho que a minha irmã não tem o mesmo perfil fútil que as outras duas.

É visto que ela frequentemente se diminui e molda-se para encaixar.

Adentrei ao seu quarto que já estava com a porta aberta

— Só para avisar que eles já estão chegando.

Ela continuou dobrando a camiseta com os olhos em mim e ergueu uma sobrancelha — Quem?

— Os bombeiros. Estão vindo aí apagar esse incêndio — apontei para ela toda, que jogou uma cueca na minha cara.

Observação, era minha, e estava limpa.

— Falando sério Maddy — puxei o banquinho de sua penteadeira, me sentando de frente ao encosto e cruzando os braços em cima dele — ...eu tenho doze, mas com certeza já peguei muito mais garota do que você.

Sem levantar os olhos das roupas ela me respondeu — Pode ter certeza disso, — olhou para mim — pegar garotas não faz mesmo o meu tipo.

Recente, Maddy nos contou que experiência nos Benards ia indo bem. Ficamos felizes por ela, por mais que não concorde que ela precisa trabalhar tanto.

Ri, brincando com a cueca com a qual ela me acertou — Como é o tão famoso Alexander Benard?

Deu uma risada nasal — porque você quer saber? Vai entrar para o fã-clube dele?

Estreitei os olhos analisando sua resposta. Não foi uma tentativa de tirar com a minha cara, ela não quis insinuar que eu tinha vontade de pegar Alexander Benard. As palavras pareciam involuntariamente terem soado ácidas.

— O que, eu? Ia sugerir que você fizesse isso. Não entrar para o fã-clube dele, ficar com ele, no caso. Poderia te fazer bem.

Ela empilhou as roupas e levou até o armário — Com certeza, Nicholas. Eu sequer conheço ele.

Bom, soou sincero, natural. Mas conheço minha irmã bem o suficiente para saber o quanto ela é uma mentirosa excepcional.

Maddy usava um moletom rosa longo e um short preto curto que deixava as pernas e ambos os joelhos cortados à mostra.

Franzi o cenho — Isso aí é critério para a vaga?

Ela abaixou a cabeça e levantou as sobrancelhas ao entender do que eu estava falando — Ah... isso — sorriu — estava brincando com o Noah.

— O veredito? Veio? — Inclinei a cabeça com uma das sobrancelhas levantadas, minha irmã fez o mesmo, mantendo o mistério.

Depois sorriu largo, de forma que quase não coube em seu rosto — Veio! Eu tô dentro!

Dezessete dias para amar vocêOnde histórias criam vida. Descubra agora