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Madeleine Morgan

Pensei em olhar para o cardápio novamente, ou fingir procurar algo dentro da mochila do meu outro lado, mas tinha acabado de olhar no meio da cara dele e ia parecer ainda mais ridícula se seguisse qualquer uma das opções anteriores.

- Oi - ele disse mais uma vez, com uma expressão mais amigável do que a que ofereceu no corredor.

Sorri da forma mais natural possível, tentando corresponder sua simpatia - Oi.

- Então... - apoiou um dos cotovelos sobre o balcão e com o outro braço, acenou para um dos garçons - Você é a nova babá de Alex? - Voltou a ficar de frente para mim, os banquinhos não nos deixando a muito mais de um metro.

- De Noah - corrigi - sou a babá de Noah.

O garçom se aproximou dele - Me vê um café com bastante açúcar, por favor.

O homem anotou o pedido e se retirou dali, nos deixando à sós novamente.

A essa hora, poucas pessoas ainda almoçavam no restaurante. Chequei o corredor dos banheiros procurando por Gracinha e os outros dois meninos, mas aparentemente, para o meu alívio, já haviam ido.

- Sou Darian Sartori - estendeu a mão para mim que aceitei. Entreabri os lábios para me apresentar, mas antes que pudesse fazê-lo, Darian o fez por mim - E você deve ser Madeleine Morgan.

Levantei as sobrancelhas quando encostei a mão na sua - Poisé. Essa sou eu.

- Sobrenome paterno?

Franzi o cenho em evidente confusão.

Do quarteto fantástico - Alexander, Kelvin, Darian e Charlotte - ele parecia ser o mais fechado, mesmo que já o tenha visto sorrir para Charlotte em mais de uma ocasião e mesmo que tenha presenciado a personalidade estranha de Alexander quando foi até Amaya no jogo.

Mas agora ele estava aqui, perguntando de qual lado era meu sobrenome como se me conhecesse desde sempre.

Talvez ele só quisesse ser simpático, cortando o clima constrangedor de quando não se conhece a pessoa com a qual está falando, como era o nosso caso. A questão é: porque Darian Sartori parece querer me conhecer de repente?

- Sim, é sim.

- Aqui está senhorita - um barman deixou minha bebida sobre a bancada a minha frente, depois se aproximou de Darian, deixando ali o que ele tinha pedido. Sorri e agradeci ao homem.

Darian fez o mesmo, sem a parte do sorriso.

Dei um gole na bebida bonita, não contendo uma cara feia em desgosto. Nem o gosto forte da vodka conseguia apagar o gosto podre do café.

- Parece que compartilhamos do mesmo gosto - comentou.

Sem pensar muito, respondi, antes de tomar mais um gole - por álcool?

Ele ergueu uma sobrancelha - Por café - me corrigiu.

- Se você aprecia, definitivamente não temos o mesmo gosto, porque eu odeio.

Dezessete dias para amar vocêOnde histórias criam vida. Descubra agora