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Diário de Billie Eilish O'Connell, 4 de novembro

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Diário de Billie Eilish O'Connell, 4 de novembro

Faz duas horas que Elaila foi para a cama.

Toda vez que fecho os olhos, eu a vejo. Sorrindo para a câmera em uma desculpa esfarrapada em forma de roupa, seu grande cabelo caído pelos ombros, o corpo glorioso iluminado por trás.

Estou furiosa.
Com a pessoa que tirou a fotografia.

Com Elaila, por permitir que tanta gente a visse praticamente nua.

Com os sete bilhões de pessoas no planeta que na teoria podem ver aquela fotografia dela em alguns poucos cliques.

Comigo mesma.
Debruçada sobre minha escrivaninha, tento desesperadamente ignorar o desejo urgente e agora familiar que sinto abaixo da cintura. Enquanto Elaila dorme em toda a sua inocência no quarto ao lado, eu me agarro ao que resta da minha sanidade e do meu autocontrole.

Porque, por Deus, quando vi aquela fotografia dela, só consegui pensar em como adoraria que Elaila usasse aquela roupa não para ir à praia, mas para mim.

Se eu estivesse presente quando a fotografia foi tirada, precisaria me esforçar para me impedir de aliviar os ombros dela daquelas alças delicadas e revelar o restante de seu belo corpo aos meus olhos.

Sou uma criatura repreensível.
Elaila é uma jovem humana vibrante, que não merece ser objeto da minha imaginação luxuriosa. Amanhã, ela vai me levar às compras e me ajudar a escolher o que insiste que serão roupas mais apropriadas que as que uso agora. Imagino que isso vá obrigá-la a avaliar meu corpo e como se apresenta em diferentes roupas. E se ela precisar me tocar, como parte do processo? Fico mais dura que uma pedra só de imaginar.

Se eu já não estivesse condenada por toda a eternidade, certamente estaria agora.

Como Zoe diria, estou fodida.

BE.

Elaila Collins.

— Sua colega de quarto precisa de uma transformação total, é? — Charles se esforçava para disfarçar o fato de que achava aquilo engraçado, mas não estava conseguindo. Ele mordia a parte interna da bochecha em uma tentativa óbvia de reprimir um sorriso. — Deve ser urgente, se precisa da minha ajuda.

O shopping estava lotado, cheio de adolescentes barulhentos e pais exaustos com seus filhos pequenos. Propus que Billie me encontrasse ali na terça-feira à noite porque imaginei que durante a semana estaria relativamente tranquilo e vazio.

𝐦𝐲 𝐫𝐨𝐨𝐦𝐦𝐚𝐭𝐞 𝐢𝐬 𝐚 𝐯𝐚𝐦𝐩𝐢𝐫𝐞 | 𝐛𝐢𝐥𝐥𝐢𝐞 𝐞𝐢𝐥𝐢𝐬𝐡Onde histórias criam vida. Descubra agora