sixteen

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Comecei a suspeitar que alguma coisa tinha dado errado quando acordei no meio da noite e Billie ainda não havia voltado do Ritz-Carlton

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Comecei a suspeitar que alguma coisa tinha dado errado quando acordei no meio da noite e Billie ainda não havia voltado do Ritz-Carlton.

Agora, quinze horas haviam se passado sem que eu tivesse notícias dela. Estava morrendo de preocupação e ainda mais convencida de que ir ao encontro da mãe dela e dos Peterson havia sido uma péssima ideia.

Eu odiava o fato de que, se Billie estivesse em perigo, não havia literalmente nada que eu — uma humana — podia fazer. Infelizmente, era verdade.

No momento, eu precisava me concentrar na minha entrevista na Academia Harmony — que, por ironia do destino, estava marcada para aquela tarde. Prometi a mim mesma que, depois da entrevista, encontraria uma maneira de entrar em contato com Zoe para ver se ela se juntava a mim para descobrir o que havia acontecido. Ela podia ser uma babaca, mas me parecia que se importava pelo menos um pouco com Billie e ajudaria se houvesse algo que pudesse fazer.

Fora que Zoe era a única outra vampira que eu conhecia, o que me deixava meio que sem opção.

No meio-tempo, o fato de que eu tinha uma entrevista aquela tarde para uma vaga que podia mudar minha vida era uma distração bem-vinda da preocupação. E da sensação de impotência.

Eu me coloquei diante do espelho de corpo inteiro do quarto e franzi a testa para o reflexo. O terninho azul-marinho que usava era a única roupa que eu tinha que contava como traje executivo. Eu não sabia se a Academia Harmony esperava que eu fosse de terninho à entrevista, e parte de mim torcia para que preferissem que os candidatos à vaga aparecessem de macacão respingado de tinta. No entanto, Charles havia me dito que era melhor ir a uma entrevista de emprego bem-vestida demais que malvestida.

Considerando que minha experiência em entrevistas para cargos com benefícios era mínima e que eu era péssima procurando emprego de modo geral, fiz o que ele disse e vesti o terninho.

Resmungando baixo, saí do quarto e fui para o banheiro pentear o cabelo. Assim que peguei a escova, ouvi alguém pigarreando alto alguns passos atrás de mim.

— Perdão. — congelei.

Reconheci a voz no mesmo instante. Estava gravada na minha memória desde a noite em que eu havia descoberto que estava morando com uma vampira.

— Zoe?

O que ela estava fazendo ali? E como havia entrado? Billie não tinha dito que vampiros precisavam de um convite explícito para entrar na casa de alguém?

Minha surpresa perdeu importância quando vi o rosto dela. Nas poucas vezes em que havíamos interagido, Zoe parecera entretida, insolente ou entediada. Nunca, no entanto, eu a tinha visto preocupada.

E Zoe parecia nervosa naquele segundo. Bastante.

— Estou preocupado com Bill. Ela... — Zoe não concluiu a frase, preferindo me olhar de alto a baixo antes de franzir o nariz em reprovação. — O que é isso que você está usando, Eliana?

𝗺𝘆 𝗿𝗼𝗼𝗺𝗺𝗮𝘁𝗲 𝗶𝘀 𝗮 𝘃𝗮𝗺𝗽𝗶𝗿𝗲 | 𝗯𝗶𝗹𝗹𝗶𝗲 𝗲𝗶𝗹𝗶𝘀𝗵Onde histórias criam vida. Descubra agora