DIÁRIOS DE UMA RAINHA INABALÁVEL | Fanfic de O DIÁRIO DE UMA PRINCESA DESASTRADA

𝐒𝐄𝐗𝐓𝐀, 𝟏𝟑 𝐃𝐄 𝐒𝐄𝐓𝐄𝐌𝐁𝐑𝐎

Querido...

Acho que não vou mais te chamar assim por algum tempo. As cachoeiras já ficaram para trás faz muito tempo e Pietro continua por perto, mas parece estar meio aéreo. Vou explicar o que aconteceu, porque estive dormindo durante todo o trajeto, da estrada de chão até a mata na qual estamos agora (sim, ele me carregou, mas pare de pensar besteira).

Ontem, como eu estava muito fraca, acabei desmaiando, e só isso. Mas acontece que descobri que Pietro me seguira desde o começo, então tivemos uma briga horrorosa nos dez quilômetros antes de um velho tronco de bétula.

Mas não fique triste, pois encontrei, hoje bem cedinho, uma pena de ganso, de tamanho e grossura iguais às que a tia de Celestina usava nos chapéus bem elaborados e caros. Minha amiga gostava de pegá-los emprestados de vez em quando para admirar-se no espelho - sem pedir permissão, é claro.

Isso pode nos dar uma pista valiosa, penso, enquanto caminhamos rumo à Rocha, um monumento erguido muito tempo antes, marco histórico de Florentia.

Pulo por cima das videiras que contornam a passagem, a Rocha é como se fosse um túnel velho. Tento ignorar o som das escavações ao meu redor, já que provavelmente são sítios arqueológicos.

A poeira é espessa, muito além do que eu esperava, mas prosseguimos até o final.

"Stena! Cuidado!", é Celestina, acenando no centro de todo aquele turbilhão. 

Ela está amarrada, se debatendo, porém, não consigo ter uma visão completa, pois Pietro me derruba, desviando de uma lasca vindo da obra em funcionamento.

Alguns cientistas de jaleco branco nos olham de cara feia, e um deles tem um cetro pétreo em mãos. Ele acena, e mais lascas surgem, apontadas na minha direção, para as costas de Pietro.

"Me solta", ordeno, mas ele não move um músculo, "Você não quer morrer."

Pietro me olha profundamente. 

"Não.", porque nada acontece? "Mas quero que você viva, então, Stena, peço que confie em mim."