Fim

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Quero escrever este texto da forma mais própria possível. A todos que me acompanharam desde o início, muito obrigado! Me sinto tão realizado e completo por escrever uma obra que revela o tanto que venho pensado nos últimos meses sobre "Quem Sou Eu?". Sobre a minha vida e o que faço com ela. Sobre cada parte minha que, por mais louca que seja, é minha. Só minha. É singular. É abstrata. É concreta. E isso tudo, na verdade, não é só meu. É de vocês também. É sobre cada um que se identificou desde o início. Que foi chamado a atenção para abrir esta obra. Seja pela capa, pelas cores, seja pela bela proposta. Sei que cada um se entregou a cada parte desta obra. Que chorou. Que se identificou. Que se perguntou: "Como ele sabe de tanto, mesmo sendo apenas um adolescente?". Sabe, aprendi com uma pessoa que há coisas da alma humana que não se entendem, se sentem. Talvez me entender não requer esforço do racional, mas sim do sentimental. Era mais ou menos o que dizia Clarice Lispector. Essa obra foi inspirada em sua genialidade e originalidade. E sou muito grato por ter o privilégio de conhecê-la no íntimo, mesmo que tão distante. 
Mil vidas é uma obra que bate fundo. Que nos incomoda e chama a atenção para nos perguntarmos:

Será mesmo que uma única vida é tão limitada assim?
Será que estou vivendo uma vida de verdade?
Será que sou?
Será que priorizo mais o ter do que o ser?
Será que estou vivendo uma vida bem vivida?

Aos que chegaram até então, meus eternos parabéns! Vocês foram testados até o último nível, como eu, que muitas vezes, precisei sair de mim para viver e sentir algo maior. Tive que me aventurar num desconhecido nem tão desconhecido assim. Me entreguei. Tive medo. Fui com medo mesmo. Tive ansiedade. Aprendi a controla-lá. Mas eu segui em frente, pois tinha uma certeza encoberta. Ela me dizia que eu precisava daquilo, não somente para mim, mas para o mundo. Espero que todos tenham a oportunidade de conhecer "Mil Vidas" em sua mais pura, bela, amarga ou decepcionante essência da alma humana. 
Espero ter deixado claro que aqui, não existe a pretensão de ser perfeito, mas sim, de ser o mais humano possível. Serei, para sempre em meu íntimo e ser, mil vidas de muitos corpos. É como digo sempre:

"O artista é aquele que produz obras. O louco produz arte".

Sou os dois ao mesmo tempo
Sou quem sou
Exagerado
Louco
Feliz
Chato
Teimoso
Implicante
Muito indeciso
Empático
Briguento 
Eu sou
Simplesmente
Eu por eu
Eu e eu
Eu para com eu
Somente eu

[..] Mas, simplesmente, eu sou eu, e você é você
É lindo, é vasto e vai durar
E eu não sei muito bem o que vou fazer em seguida 
Mas por enquanto, olha pra mim e me ama
Não, espere! Olha pra ti e te amas
É o que está certo"

Clarice Lispector

Espero que, com cada palavra aqui escrita, tenham sentido o peso e a importância dos sentimentos, emoções e trajetórias traduzidas em poemas, cartas, poesias, críticas e muita arte. Posso fazer um pedido a cada um de vocês, leitores? Sejam para sempre humanos curiosos que buscam saber quem são. É um conselho de um amigo distante. Eu não te conheço, mas espero que sinta tudo que eu senti escrevendo este livro. Eu já embarquei nessa aventura! E você? O que está esperando?

Meus eternos agradecimentos,
Cauã Santos

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