H.P. As Crônicas do Salto no Tempo 2 (Snarry)

Capitulo 1

Part 2 de As Crônicas do Salto no Tempo

Capítulo 1 : Sorvete

' Olá, Moony.'

Remus ficou boquiaberto com ele durante os poucos momentos que Florean levou para pegar seu sorvete. Ele teve que colocá-lo nas mãos congeladas de Remus, o que finalmente o tirou de seu estado de atordoamento. Seus dedos se curvaram ao redor da tigela e ele olhou para ela, o choque percorrendo seu sistema impedindo-o de realmente ver a tigela por um momento.

'Devemos nós?' o homem disse com um sorriso, apontando de volta para a mesa em que estava sentado.

Eles foram até a mesa e Remus sentou-se na cadeira em frente.

'Como você sabe esse nome?' Remus finalmente perguntou suavemente, tentando ignorar a tensão crescente em seus ombros. Já fazia quase uma década desde que ele foi chamado assim; a última vez que ele visitou Sirius Black em Azkaban. Remus sentiu a raiva começar a revirar seu estômago; o arrepio de ansiedade percorrendo sua espinha. Este homem sabia seu nome. Ele tinha um rosto enlouquecedoramente familiar. Ele tinha informações sobre o assassinato de Peter. Remus sentiu as palmas das mãos ficando desconfortavelmente escorregadias. O homem do outro lado parecia preocupado. Seus olhos seguiram os movimentos rígidos dos ombros de Remus enquanto ele limpava as mãos nos joelhos debaixo da mesa.

- Recebi instruções para me dirigir a você de uma forma que me identificasse como o autor da carta - disse ele, em tom de pesar. 'Deixe-me apresentar-me. Eu sou Harper Pratt.

'Para quem você trabalha?' Remus perguntou bruscamente. Ele ainda não havia tocado no sorvete. A ideia de ter uma conversa tão séria tomando sorvete de repente pareceu ridícula.

Harper girou a colher em seu próprio prato.

'Meu empregador me orientou a não-'

'Eu vou embora então', Remus disse de repente, levantando-se, sua cadeira gritando alto no silêncio. Os rostos se viraram. Harper pegou seu braço, mas não chegou a tocá-lo. Remus podia ver em seus olhos os cálculos que a maioria das pessoas fazia quando sabiam que ele era um lobisomem e estavam prestes a tocá-lo. Ele os morderia? Eles pegariam isso dele?

Ele salvou o homem do conflito e se esquivou da mão de Harper e zombou.

— Obrigado pelo sorvete — ele disse.

'Remo!' Harper sibilou, agarrando a mão de Remus antes que ele pudesse se afastar da mesa. Remus congelou. Harper entrelaçou os dedos nos de Remus, puxando levemente. 'Por favor.'

O contato foi embaraçosamente bom. Fazia pelo menos um ano desde que alguém o tocou, e ainda mais tempo desde que isso aconteceu com tanta familiaridade e ousadia. Lentamente, Remus afundou de volta na cadeira, jogando a mão de Harper de volta para ele.

'Para quem você trabalha?' ele exigiu novamente.

Harper suspirou.

'A situação é complicada.'

Remus se preparou para fugir novamente, então Harper continuou rapidamente, inclinando-se para falar baixinho.

'Mas... estou aqui representando Harry Potter.'

'Atormentar?' Remus disse, incrédulo, também em um sussurro enquanto se inclinava. 'O que Harry teria a ver com isso?'

'É uma longa história. Harry é... muito estudioso – disse Harper, fechando os olhos. 'Ele fez muitas pesquisas sobre aquela noite e tem perguntas sem resposta sobre isso.'

'Como?' Remo pressionou. Harry Potter era um dos sobrenomes que ele esperava que o homem dissesse. Mudou a própria natureza da troca. Imaginar esse homem confiante e imponente trabalhando para uma criança de repente fez Remus relaxar. Harper tirou um pequeno pedaço de pergaminho dobrado, bem amassado e amassado, de um bolso interno de suas vestes. Ele o desdobrou lentamente, deliberadamente tomando cuidado para não mostrar o que estava escrito nele. Ele inspecionou-o de perto.