18: Tô Grávida

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|| Louise Barry ||

Abro os olhos fechando logo em seguida quando meus olhos doem pela luz repentina. Ponho a mão em frente ao rosto na tentativa de evitar que a luz entre em contato com meus olhos, mais reparo no oxímetro em me dedicar indicador.

Olho ao redor quando enfim minha vista melhora, um suspiro de alívio escapa da minha boca entendendo onde estou.

Olho pra porta adjente do quarto do hospital quando ela abre revelando minha mãe. Primeiro o choque, depois lágrimas rolam no meu rosto enquanto ela apenas me olha surpresa.

-- M...Mãe, é você mesmo? -- Gaguejo.

-- Minha princesa, oh minha querida! -- Ela me abraçar forte. Enfim respiro quando me sinto acolhida ali, abraço mais forte seu corpo com medo que ela possa sumir, com medo que isso possa ser só mais uma das várias alucinações que tive naquele lugar.

-- Mãe... -- Não consigo falar mais nada além disso quando uma onde de choro me atinge.

-- Tá tudo vem agora, estou aqui, está tudo bem!! -- Fala afagando meus cabelos.

A porta é aberta e por ela passa meu pai, choro mais ainda quando ele me envolve em um abraço de urso. A saudade invade meu peito como se eles estivessem a quilômetros de mim. Ficamos ali nos abraçando e chorando, matando a saudade até uma enfermeira entrar e só então reconheço a enfermeira me dando conta que estou no meu local de trabalho.

-- Está tudo ok, vou chamar o Dr. Chavier para lhe examinar e lhe entregar sua alta.

-- Obrigada Silvia! -- Agradeço e ela se limita apenas a um aceno com a cabeça.

Depois que o Dr. Chavier me examina ele me da alta e logo estamos nos organizando para irmos embora.

-- Filha vou com seu pai na recepção pegar umas coisas e já voltamos, pode continuar aí organizando suas coisinhas viu? -- Concordo e ambos saem me deixando sozinha.

Alguns segundos depois a porta é aberta novamente mais não me viro pra ver quem é.

-- Esqueceu alguma coisa mãe? -- Pergunto juntando as coisas dela.

-- Bom, sua mãe não sei mais eu, vim te ver! -- Me viro de uma vez ocasionando uma tontura. -- Eita, calma aí.

-- Tu que me assusta, peste! -- Ele ri pelo nariz e me ajuda a sentar no pequeno e duro sofá do quarto se abaixando na minha frente.

-- Achei que tivesse me ouvido chegar. -- Olho pra ele quando volto a mim. Seus olhos estão fundos e com grandes olheiras dando a sensação de que ele é muito mais velho do que é realmente.

-- Sim Arthur, eu te ouvi chegar, mais não imaginava que fosse você, esperava que fosse minha mãe! -- Falo me levantando de novo.

-- Ok, como você está? -- Cruza os braços em frente ao corpo.

-- Estou bem, já recebi alta! -- Sorrio pra ele. -- Ninguém merece viver trabalhando e quando tá doente continua no trabalho. -- Rimos juntos.

-- Eu sei! -- Ficamos em silêncio apenas nos olhando com intensidade.

-- Eu sabia que ia me resgatar! -- Sussurro ainda olhando nos olhos dele.

I.Quando Você ChegouOnde histórias criam vida. Descubra agora