ENVENENAMENTO E PERDA
112 D.C -
O clima na Fortaleza Vermelha estava pesado com intrigas e suspeitas. Apesar do recente casamento de Rhaenyra com Harwin Strong, havia aqueles que desejavam minar sua posição e influenciar o futuro do reino. Otto Hightower, em particular, não descansava em seus esforços para garantir que a linha de sucessão favorecesse Alicent e seus filhos, mesmo que já não estivesse mais na corte a cerca de 3 anos, quando foi "expulso" pelo rei.
Em um banquete realizado para celebrar a vitória de um torneio, Rhaenyra, sempre sociável, movimentava-se entre os convidados, trocando cumprimentos e sorrisos. No entanto, havia algo de sinistro em andamento. Uma taça de vinho especialmente preparada foi entregue a ela por um servo desconhecido.
Rhaenyra levantou a taça em um brinde, sem suspeitar de nada. O líquido, aparentemente inofensivo, continha um veneno insidioso que logo começaria a causar estragos em seu corpo. Dentro de minutos, ela sentiu uma dor aguda no estômago, seguida por tontura e náuseas. Tentando manter a compostura, ela saiu discretamente do salão, mas Harwin notou sua palidez e a seguiu.
- Nyra, meu amor, você está bem? - perguntou ele, preocupado, ao vê-la cambalear em direção aos seus aposentos.
- Algo não está certo, Harwin - murmurou ela, sua voz fraca. - Sinto uma dor horrível...
Harwin a carregou apressadamente para seu quarto, onde chamou os mestres para examiná-la. Após horas de agonia, a verdade tornou-se clara: Rhaenyra havia sido envenenada. O veneno, além de debilitar seu corpo, causou a perda do bebê que ela nem sabia estar carregando.
O DESESPERO
Na calada da noite, as dores tornaram-se insuportáveis. Rhaenyra, com o rosto banhado em suor, percebeu que algo mais estava errado. Sentiu uma dor intensa e, com um grito abafado, percebeu que estava entrando em trabalho de parto. O terror tomou conta dela ao compreender o que estava acontecendo.
- Não, por favor, não! - Rhaenyra sussurrou para si mesma, enquanto lágrimas de desespero escorriam por seu rosto.
Sozinha em seu quarto, ela lutou contra a dor e a agonia do parto. Os mestres haviam saído para buscar mais remédios, deixando-a momentaneamente desassistida. Sentiu cada contração como uma faca, cada espasmo de dor uma lembrança cruel do que estava perdendo.
Após horas de sofrimento, Rhaenyra deu à luz. Em seus braços trêmulos, segurou o corpo minúsculo e sem vida de seu filho. Era um menino, perfeito e trágico em sua quietude. Ela olhou para o pequeno rosto, sentindo uma onda avassaladora de dor e perda.
- Meu filho... - sussurrou ela, a voz quebrada pelo choro. - Jacaerys...- murmurou a única filha sobrevivente de Aemma.
A imagem de Visenya, sua filha perdida em outra vida, veio à mente de Rhaenyra. A dor era quase insuportável, a sensação de perda duplicada. Em sua mente, as memórias se confundiam, e ela se viu acreditando que este bebê era Jacaerys, seu primogênito de outra vida.
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HEIRESS QUEEN
Fantastik𝐑𝐇𝐀𝐄𝐍𝐘𝐑𝐀 𝐓𝐀𝐑𝐆𝐀𝐑𝐘𝐄𝐍, dessa vez. Ela não deixará ninguém roubar 𝐒𝐄𝐔 𝐓𝐑𝐎𝐍𝐎, 𝐒𝐄𝐔𝐒 𝐅𝐈𝐋𝐇𝐎𝐒 𝐄 𝐒𝐔𝐀 𝐅𝐄𝐋𝐈𝐂𝐈𝐃𝐀𝐃𝐄 novamente.