Gemma Ferrari é a" boa menina". Aprendeu que não deveria cruzar a linha que foi estabelecida entre o seu mundo, e o mundo daqueles para quem o seu pai trabalhava. No entanto, assim que ele foi promovido a capo, a linha foi quebrada, e ela começa a p...
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G E M M A F E R R A R I
No dia seguinte, encontrei Michela em um bar logo após ela me enviar uma mensagem, bêbada, novamente.
O que me chateava era que não tínhamos tido nenhuma conversa profunda sobre nada, nem sobre o casamento. Normalmente, é isso que cunhadas fazem, se reúnem em algum lugar tranquilo para conversar sobre o futuro, experimentar vestidos de noiva.
Se ela queria tanto se dar bem comigo, por que não sugerir irmos a algum desses lugares em vez de escolher justo aqui?
Michela empurrou seu copo de bebida na minha direção, deslizou como se fosse um carro em uma pista de corrida. —Prove um pouco.
— Não bebo durante o dia — recusava todos os drinks que a garota me oferecia. Parecia que ela queria me embebedar a qualquer custo.
Não bebo nada definitivamente forte para me fazer perde os modos.
— Você é puritana demais, querida! — pegou o copo e virou todo o conteúdo na garganta. — Experimenta algo mais leve, então?
— Não, obrigada. E também acho que já está ficando meio tarde. — A garota joga seus braços em volta do meu pescoço, seu hálito morno de álcool tocando minha bochecha, seus fios desgovernados por todo o seu rosto. Seus olhos castanhos me encaravam enquanto sorria.
Ouvi um farfalhar, sua mão saindo de dentro da minha bolsa. — O que está fazendo? — Ela estava com meu celular, a garota pressionou os lábios cheios de gloss na minha bochecha, levantou o celular para o alto e tirou uma foto.
— Para guardar de lembrança — Devolveu o celular para a minha bolsa
Bufei com desdém.
Michela começou a se remexer no banco, dançando levemente ao som da música. Ela parecia ter alguma aversão a lugares decentes? Primeiro no café, servindo álcool, agora em um local que parecia feito para homens casados levarem suas amantes, confortável, elegante, com luzes baixas que ocultavam os rostos dos homens beijando mulheres nos cantos.
Tentei mantê-la no lugar, segurando seus ombros com ambas as mãos.
Se mamãe descobrisse que eu estava naquele lugar, não seria apenas um sermão que eu receberia. Era arriscado meu pai começar novamente aquele discurso sobre honrar nossa família, honrar a si mesma, porque tínhamos uma reputação a zelar.
