Gemma Ferrari é a" boa menina". Aprendeu que não deveria cruzar a linha que foi estabelecida entre o seu mundo, e o mundo daqueles para quem o seu pai trabalhava. No entanto, assim que ele foi promovido a capo, a linha foi quebrada, e ela começa a p...
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G E M M A F E R R A R I
Hoje temos um leilão. Um evento em que eu tinha a oportunidade perfeita para exibir meu melhor vestido e mostrar ao mundo que minha família é perfeita. Era o momento de brilhar, de ser apresentada a pessoas importantes, de apertar as mãos de pessoas que, diante das câmeras, eram boas e respeitandas. No entanto, por trás dos holofotes e da fachada de integridade, sabíamos que muitos deles tinham envolvidos com a máfia.
Embora o evento "beneficente" não passasse de uma cortina para esconder o que realmente acontecia por trás, eu realmente ajudava e doava para a caridade.
Martina, Sara e eu combinamos de nos encontrar para escolher nossos vestidos. Quando cheguei ao local combinado, dei de cara com ela, a mulher que me atormenta tanto física quanto mentalmente.
Nos sentamos, tomamos um café e depois partimos. Mais tarde, iríamos nos reunir em algum lugar para almoçar. Entramos nas lojas que reservamos exclusivamente para nós, pois o dinheiro pode comprar muitas coisas, e exclusividade é uma delas.
— Esse vestido acentua suas curvas — diz Michela, enquanto Sara e Martina estão longe e eu me admiro no espelho com um deslumbrante vestido vermelho.
Olho para ela, perplexa — Desculpe? O quê?
— Eu disse que você está gostosa nesse vestido vermelho. É a minha cor favorita.
— Uma cor bem vulgar.
— Elegante e sensual é a palavra, querida. —Ela se dirige ao espelho e puxa o vestido pela cintura. Seus seios saltam para fora, e eu rapidamente viro o rosto, constrangida. Sem qualquer pudor, ela exibe seu quadril largo e a virilha vermelha recém-depilada.
Acabo optando por um vestido preto que vai até o chão, com uma fenda discreta na lateral e uma abertura elegante nas costas.
O vestido preto era uma escolha segura, mas sofisticada, exatamente o que eu precisava. Quando saí do provador, Michela me observou de cima a baixo
— Previsível, não acha?
— Prefiro previsível a vulgar — retruquei, ajeitando a alça do vestido. — E além disso, algumas coisas não precisam de cor para brilhar.
Sorriu, mas havia algo de malicioso naquele sorriso
Sara e Martina abriram a porta do provador quase ao mesmo tempo — Você está linda — Sara elogiou
