6 - Fumacinha.

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" Cada toque de lápis no papel é um grito que não pode sair pela garganta, então encontrou outros métodos para se libertar."

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Atrasada, é como eu estou agora. Atrasada para a escola pela décima vez no mês, inacreditável. Desço as escadas às pressas e vou direto para a porta. Abro-a e, em seguida, tranco com a chave, que coloco dentro da mochila. Saio andando apressadamente para a escola.

Estava atravessando a rua quando vi um carro se aproximando. Corri para a calçada e continuei andando. O carro parou próximo a mim e a porta se abriu. Quando vi, era Caleb, que acenou para mim. Ignorei-o e continuei andando, mas ele gritou meu nome, e eu virei para trás.

S/n: O que você quer? — perguntei a ele, mas ele apenas fez um sinal para que eu entrasse no carro. — Sem chances, sai fora.

Voltei a andar e ouvi passos se aproximarem. Decidi correr, mas Caleb me colocou no ombro e me levou correndo para o carro. Ele fechou a porta e entrou no carro. Assim que deu partida, acelerou, e ficamos próximos da escola.

Fiquei calada ajustando a minha mochila, que estava toda revirada. Quando ele me colocou no ombro, a mochila quase saiu das minhas costas.

Caleb: Como está sua manhã? — perguntou Caleb, quebrando o silêncio.

S/n: Horrível. — Respondi, olhando para a janela fechada.

Caleb: Precisa ser mais calma, o nervosismo faz mal, sabia? — Disse ele.

S/n: E você precisa ir cuidar da sua vida — Respondi ríspida.

Caleb: Credo, garota.

Já havíamos chegado na escola, mas o porteiro estava trancando o portão.

S/n: É só dessa vez! Por favor.

Porteiro: Não, eu sinto muito, mas não posso — Ele respondeu, entrando para dentro. E eu olhei para Caleb.

Caleb: Quer que eu te leve para casa? — Perguntou ele, mas eu neguei, peguei na sua mão e o puxei até o muro. Essa parte era onde algumas pessoas usavam para fumar escondido ou fazer outras coisas peculiares.

S/n: Vamos pular o muro!

Caleb: Pular o muro?!

S/n: Sim, por que, não consegue sozinho? — Perguntei a ele.

Caleb: É que a gente não sabe onde vamos cair do outro lado — Ele me explicou.

S/n: Não, mas fica de boa — Fiz um sinal para ele me ajudar a subir. Caleb fez pezinho para mim, e eu subi, me equilibrando no muro. Ele jogou minha mochila, que acabou caindo do outro lado.

Olhei para ele, que deu um jeito de pular e se segurar no muro. Ele não era tão grande, mas também não era pequeno. Eu diria que o muro é médio, se você cair, corre o risco de torcer um membro do corpo.

S/n: Como pulou aqui?

Caleb: Eu dei um jeito. Vamos, a aula já deve ter começado — Ele pulou e ficou parado em frente a mim. Ele esticou as mãos para que eu pulasse, mas eu desci o muro em um pulo.

Caleb: Tá tudo bem? — Perguntou, me entregando a mochila.

S/n: Tô — Peguei a mochila e coloquei nas costas.

Ficamos sentados em um banco e em silêncio total, esperando o sinal bater para nós dois irmos para dentro.

Aidan: Bu!

The Demons of The NightOnde histórias criam vida. Descubra agora