24 - Encrenca.

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" A leitura é o maior investimento em si mesmo, colha os frutos do conhecimento. "

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Quando apareci diante das duas, vi o choque estampado em seus rostos. Elas não moveram um músculo sequer, permanecendo imóveis, sem reação.

S/n: Ué, não vão falar mais nada? – Perguntei, encarando-as com raiva. Continuavam paralisadas.

Cartney: Nós... só estávamos conversando. – Disse Cartney, gaguejando, tentando manter a calma.

S/n: Sua vagabunda, acha que depois do que eu ouvi vou cair nessa?! – Perguntei, me aproximando lentamente de Cartney, meu olhar fixo em seu rosto. Estava quase encostada nela.

Foi então que Britney chamou minha atenção com um sorriso descarado.

Britney: Estamos mentindo? – Perguntou, com cinismo estampado no rosto. Me virei para encará-la, sentindo a raiva subir.

Britney: Você precisava sair do meu caminho, então dei só um empurrãozinho. Tirei uma foto bem bonita e mandei para a idiota da diretora. – Disse, esbanjando satisfação.

Eu não conseguia acreditar no que estava ouvindo. Sem entender o motivo de tanto ódio, perguntei:

S/n: O que eu te fiz?! Nem se quer lembro de você. Nunca troquei uma palavra contigo. – Disse, tentando controlar a irritação.

Britney: Porque você tirou ele de mim! Ele me olharia como olha pra você se você não estivesse no meu caminho! – Ela gritou, transbordando raiva.

Isso me deixou confusa. Aidan? Era por causa do Aidan?

S/n: Você acha que eu e o Aidan temos algo? Nunca ficaria com ele. Ele é louco! Pode ficar com ele se quiser. – Murmurei, incrédula. Tudo aquilo por um garoto que não se importava com ela?

Britney começou a rir, um riso amargo e cheio de desprezo. Ela me olhou de cima a baixo com desdém, enquanto Cartney permanecia em silêncio, observando.

Britney: Isso é o que acontece com quem mexe com o meu homem. – Disse, esnobando, com aquele sorriso irritante e presunçoso.

Foi o bastante. Antes que eu pudesse me conter, o impulso tomou conta de mim. Parti para cima dela, puxando seus cabelos com força. Britney gritou enquanto eu a jogava contra a porta da cabine. Cartney tentou intervir, vindo em minha direção, mas eu a empurrei com força antes que ela fizesse qualquer coisa.

Dei vários socos no rosto de Britney e, em seguida, a joguei no chão. Quando tentei chutá-la, ela segurou meu coque, e nós duas começamos a puxar os cabelos uma da outra.

Ambas estávamos furiosas, e a luta se intensificava. Os sons e gritos que dávamos poderiam facilmente chamar a atenção de quem estivesse do lado de fora. Até que, finalmente, nós duas nos soltamos. Olhei para Cartney, que estava encostada na pia, assustada e quieta. Ela me lançou um olhar de fúria, enquanto Britney se posicionava à sua frente.

S/n: Você é muito sonsa e iludida. – Disse, controlando minha respiração aos poucos.

Britney: Nunca gostei de você. Você só quer atenção.

S/n: Eu?! Eu só quero atenção?! – Perguntei, encarando-a, e logo agarrei seu pescoço.

Joguei-a no chão e avancei sobre ela, mas Britney foi rápida. Levantou-se e correu para fora. Corri atrás dela, enquanto alguns alunos que estavam por perto observavam, curiosos com a confusão.

Corri o mais rápido que pude e me aproximei dela, subindo em cima de Britney e desferindo um tapa em seu rosto. Logo senti meus braços sendo puxados.

Olhei para ver quem era, e vi Jacob me puxando para trás.

Jacob: Para com isso! Vem comigo, anda, vamos! – Ele dizia, tentando me afastar de Britney.

S/n: Me solta! Solta meu braço agora!

Jacob: Para agora!

S/n: Me solta! – Eu me desvencilhei dos braços dele por um momento, mas Jacob me segurou firme novamente.

Jacob: Vamos, S/n. – Ele disse, determinado, enquanto me afastava.

S/n: Eu ainda vou amassar a sua cara! – Gritei para Britney enquanto Jacob me arrastava para fora do corredor.

Jacob: Tá mais calma. O que foi isso? — Ele me encarava, depois de ter me afastado da briga.

S/n: Aquela idiota me provocou, me colocou aqui na detenção por causa de macho. — Respondi, irritada, ainda com a respiração pesada e o coração acelerado.

Jacob: Por causa de que?? — Perguntou parecendo estar curioso.

S/n: Por causa do Aidan, ela disse que gosta dele, mas eu meio que atrapalhei o caminho dela então ela me trouxe aqui. — Respondi encostada no armário. — Da para acreditar?!

Jacob: Aidan arrasando corações. — Ele disse rindo e logo depois me olhou parecendo reparar em mim. —  Isso não vai acabar bem pra você, e você sabe disso. — Ele falou, cruzando os braços, tentando me acalmar com o olhar.

Eu soltei um suspiro, tentando me controlar. Jacob estava certo, mas só de lembrar do rosto da Britney, aquela expressão de superioridade dela, me dava vontade de voltar lá e terminar o serviço. Ainda assim, fiquei quieta, olhando para o chão.

S/n: Ela merecia. Tinha que ver, ela confessou com tanto orgulho.

Jacob: Mas que va.... — Antes que ele pudesse terminar, a voz firme da diretora ecoou pelo corredor, cortando o silêncio.

Diretora: O que está acontecendo aqui? – Ela apareceu ao virar o corredor, seu olhar severo passando de mim para Jacob, como se já soubesse que algo estava errado.

Jacob tentou disfarçar, mas era óbvio que algo tinha acontecido. Ele deu um passo para trás, tentando não chamar mais atenção do que já tínhamos.

Diretora: S/n, eu soube que você estava envolvida em confusão agora há pouco. E, pelo visto, aqui está você, discutindo novamente. Venha comigo. – Ela ordenou, me encarando de forma incisiva.

Olhei para Jacob, que me lançou um olhar estranho. Eu respirei fundo, tentando não piorar a situação. Sem dizer mais nada, segui a diretora pelo corredor, sentindo o peso dos olhares curiosos ao nosso redor.

Diretora: E Jacob, você pode voltarpara casa, já terminou seu serviço na detenção. – Ela disse por cima do ombro, sem nem olhar para ele.

Jacob suspirou, mas assentiu, me dando um último olhar antes de se afastar. A diretora continuou andando, me levando para a diretoria, enquanto eu tentava pensar no que diria. Sabia que estava encrencada, e pior, sabia que não ia ser fácil sair dessa.

Quando chegamos à sala, ela abriu a porta e indicou para que eu entrasse.

Diretora: Vamos conversar sobre o que aconteceu. E, por favor, espero que você tenha uma boa explicação.

Eu me sentei na cadeira em frente à mesa dela, tentando não demonstrar o nervosismo que começava a crescer dentro de mim. Sabia que a situação estava complicada, mas de alguma forma, eu teria que explicar essa merda.

The Demons of The NightOnde histórias criam vida. Descubra agora