37 - Como assim, animada?

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A verdadeira beleza não está apenas no que vemos, mas no que sentimos quando estamos em paz com nós mesmos e com o mundo ao nosso redor.

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Narradora

Shoreditch, Londres - 6h30 da manhã.

Caleb observava a movimentação das ruas de Londres através da janela embaçada pelo café onde estava escondido. O aroma do café fresco misturava-se ao cheiro da chuva que caía do lado de fora, criando um ambiente acolhedor, mas ele não estava ali para relaxar. As lembranças da invasão à casa de S/n estavam frescas em sua mente, e ele estava determinado a encontrar os responsáveis.

Ele olhava para a tela do celular, onde tinha anotado informações sobre os suspeitos. Aqueles caras eram mais do que criminosos comuns; eles tinham uma conexão com algo maior, algo obscuro que parecia ligado a Payton. Caleb franziu o cenho ao lembrar dos detalhes que ainda pairavam como uma névoa em sua mente. Ele precisava saber por que payton mandou que invadissem a casa.

Levou um gole do café amargo, sentindo o líquido quente aquecer sua garganta. Londres era uma cidade vasta, mas faltava pouco para ele tivesse alguma resposta, e as peças estavam perto de se encaixar. Ele tinha um plano: procurar seus contatos nas partes sombrias da cidade, começando por Shoreditch, onde soubera que alguns dos homens estavam se escondendo.

Caleb: Se eles estão aqui, vou encontrá-los, - Murmurou para si mesmo, ajustando a jaqueta de couro que usava.

Caminhando pelas ruas de Londres, Caleb sentia o frio úmido da cidade penetrar suas roupas, mas ele mal notava. Seus pensamentos estavam inteiramente voltados para o que viria a seguir. Ele passou por lojas e pubs, ignorando o som das risadas e a vida comum que acontecia ao seu redor. Seu destino era uma boate específica, um local conhecido no submundo por ser frequentado por pessoas com as conexões certas - ou erradas.

Ao entrar na boate, o ambiente mudou drasticamente. A música pulsava forte, luzes neon piscavam e dançarinos se moviam ao ritmo ensurdecedor. Caleb se forçou a manter a mente clara. Ele observava as pessoas, analisando cada rosto que passava, à procura de sinais de nervosismo ou desconfiança.

Foi quando ele o viu. Karl, um velho conhecido, estava sentado em um canto, observando a multidão com a mesma desconfiança de sempre. Caleb se aproximou, e o homem levantou os olhos, reconhecendo-o de imediato.

Karl: Caleb, — Disse Karl, sorrindo de forma contida. —  O que te traz a Londres? - Ele sabia que Caleb não era do tipo que aparecia em lugares como aquele sem motivo.

Caleb, direto como sempre, não perdeu tempo com rodeios.

Cleb: Preciso de informações sobre alguns caras que invadiram uma casa em... — começou, mas Karl levantou a mão, interrompendo-o.

Karl: Eu sei do que você está falando. Esses caras não são fáceis de rastrear. Eles têm proteção aqui. Gente grande está envolvida, — Karl explicou, olhando ao redor como se esperasse que alguém estivesse ouvindo.

Caleb estreitou os olhos, sentindo a tensão aumentar.

Caleb: Proteção não é problema pra mim. O que eu quero é saber onde encontrá-los. — Seu tom era frio, uma ameaça velada nas entrelinhas.

Karl sorriu de leve, mas havia uma sombra de preocupação em seus olhos.

Karl: Bem, eu posso te dizer, mas vai custar caro. Você sabe como é... informação assim não sai barata. — Disse, esperando que Caleb fizesse uma oferta.

Caleb, sem perder o controle, tirou uma quantia considerável de dinheiro e entregou ao homem, que rapidamente o guardou no bolso.

Karl: Eles estão se escondendo em um galpão nos arredores, não muito longe daqui. Mas, como eu disse, estão bem protegidos. Se você for atrás deles, vá preparado. — Karl inclinou-se para frente, a seriedade em sua voz revelando a gravidade da situação.

The Demons of The NightOnde histórias criam vida. Descubra agora