29 - Jogo perigoso.

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" Eu e minha mãe não botamos defeito em ninguém. O defeito lá, nós comentamos."

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Acordei com o despertador de Sabrina tocando alto. Olhei o relógio: 5:30 da manhã. Levantei e fui até o banheiro, escovei os dentes e, depois, desembaracei meu cabelo com cuidado. Fiz um coque e voltei para o quarto para pegar uma muda de roupas. Passei um pouco de creme e me preparei.

Sabrina: Bom dia, desculpa ter te acordado. — Ela disse, vestindo uma camiseta.

S/n: Dia. — Respondi. — Não tem problema, acho que vou correr hoje. — Fui guardando meu pijama.

Sabrina: Você não vai para a detenção? — Perguntou, confusa. Sorri e segurei seu rosto com cuidado.

S/n: Não vou passar o começo das minhas férias lá, e você não vai contar pra ninguém.

Sabrina: Mas eles vão aplicar quando você voltar para as aulas.

S/n: Aí tá algo que faz sentido nessa merda. — Falei, dando um beijo na sua testa. — Agora você volta pra casa e eu vou pra detenção, certo?

Soltei seu rosto e fui trocar de roupa, decidida a ir para o parque em vez da detenção.

Sabrina: Tá bom. — Ela respondeu, passando perfume e espirrando em quantidade exagerada.

Abri a porta do quarto e saí, andando silenciosamente pelo corredor. Desci as escadas correndo e olhei ao redor; não havia sinal dos meus avós. Ouvi passos atrás de mim e me virei; era apenas Sabrina. Fui até a mesa, peguei uma maçã, lavei-a e mordi um pedaço.

Erick: Vamos? — Perguntou, descendo as escadas.

Sabrina: Sim.

S/n: Ei, senhor de idade, poderia me levar até o parque? — Perguntei, sorrindo enquanto apertava sua bochecha.

Erick: Parque? — Ele parecia confuso.

S/n: Sim, você leva a Sabrina para casa e eu corto caminho pelo parque. Não quero chegar atrasada. — Disse para ele sorrindo cinicamente.

Erick: Tá bom, vamos logo. — Ele nos disse.

Fomos para a garagem e entramos no carro. Vovô saiu com o carro da garagem e Vovô começou a dirigir em direção à casa de Sabrina, mas ele mudou o caminho e primeiro foi para o parque. Quando chegamos, ele destrancou a porta e eu desci do carro.

S/n: Tchau, gente. — Falei me despedindo dos dois e olhei para Sabrina que sorriu e acenou discretamente.

Sabrina: Tchau.

Erick: Tchau.

Eles acenaram e seguiram para a escola. Respirei fundo, aproveitando o ar fresco do início do dia enquanto me aquecia. Coloquei os fones de ouvido, escolhi minha playlist mais tranquila e comecei a correr. Fui em direção a uma parte coberta, onde logo atrás havia uma floresta com rios e trilhas. O caminho para o parque era familiar, repleto de árvores frondosas e pássaros cantando.

Adorava esse percurso; era meu momento de me conectar com a natureza e organizar os pensamentos antes que o dia realmente começasse. Eu costumava fazer isso uma vez a cada seis meses.

Ao me aproximar da descida até a ponte, notei uma figura familiar ao longe, encostada em uma árvore. Aidan. Ele estava vestido casualmente, mas seu sorriso travesso o denunciava. Seus olhos brilhavam com uma mistura de diversão e interesse enquanto me observava se aproximar.

The Demons of The NightOnde histórias criam vida. Descubra agora