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Kakashi: Eu posso conversar com você um pouco?
Chegou na varanda onde eu estava pensando um pouco na vida.
Naomi: Claro, sensei. Chega aí!
Ele sentou-se do meu lado.
Kakashi: Naomi, fiquei intrigado com suas habilidades na luta contra Zabuza.-Ele fez uma pausa e olhou nos meus olhos.—Como você conseguiu manipular a prisão de água?
Aquilo me pegou de surpresa, porquê nem eu mesma sabia.
Naomi: Acredita que nem eu sei.
Kakashi: Tem certeza? Talvez tenha aprendido lendo o pergaminho sagrado.-Jogou uma kunai num tronco ali perto.
Naomi: Eu acho que não.-Abaixei a cabeça.—São tantas coisas sem respostas que acontecem comigo. Como o poder do meu cabelo, o fenômeno que só acontece no meu aniversário, os meus pais... A única coisa que eu sei é que uma biju foi selada em mim e no meu irmão há 12 anos atrás.-Baixei a cabeça.
Kakashi: Fica fria.
Naomi: Não, tá mó calor aqui. Parece até o deserto do saraa.
Kakashi: Naomi, se tranquiliza.-Colocou a mão no meu ombro.—Tenho certeza que vai conseguir achar todas essas respostas. E sobre seus pais, eles devem ter sido fodas demais.
Naomi: Será, sensei? Eu só queria saber quem eles são ou foram. Será que eles abandonaram eu e o Naruto? Ou morreram?
Kakashi: É, eles podem ter tido abandonado vocês.
Olhei com os olhos arregalados pra ele.
Kakashi: Se eu fosse eles também abandonaria.
Naomi: Se sua intenção era me ajudar, saiba que fracassou nisso.-Brinquei.
Kakashi: Mas acho que eles morreram de forma heróica.
Naomi: Eu não faço questão dos meus pais serem ou terem sido pessoas importantes, eu só queria saber de toda a verdade. Tenho certeza que aquele velho cracudo do terceiro Hokage sabe muito bem, mas não quer nos dizer.
Kakashi: Relaxa, pimentinha, na hora certa você vai saber.
Naomi: Do que você me chamou?
Kakashi: De pimentinha. Ou prefere que eu te chame de relâmpago vermelho?
Naomi: Relâmpago vermelho?
Kakashi: Sim, relâmpago vermelho. Você parece o flash correndo. Quando foi pegar os guizos, só vi a silhueta vermelha dos seus cabelos.
Ele se levanta e entra pra dentro de casa. Fiquei mais um tempo ali pensando na vida até que resolvi tirar a kunai que estava presa no tronco. De repente comecei a escutar assobios. Num lugar com muitas florestas, durante muitos anos, sempre percorreu a lenda da comadre Fulozinha. Uma menina sorrateira que é doida para fazer o povo se perder no meio dos matos.
