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CHARLES LECLERC

Encarava a recepcionista do Hotel tentando entender a parte engraçada de sua brincadeira.

- Não. Isso é um hotel 5 estrelas, esse papo de "só temos um quarto" é a típica história dos filmes de romance onde os dois colegas dividem a cama e ficam! Minha irmã me fez ver uns 70 filmes desses, senhora. Eu sei bem do que eu tô falando.

- Se você se incomoda tanto, Senhor Leclerc. Eu posso passar a senhorita para outro quarto da sua equipe. Temos o 703 do senhor Júnior Videira, 707 de Carlos Sainz e...

- Não!

- Você acabou de dizer que não quer ficar com ela.

- Exato, também não com outro homem. Não tem algum outro quarto ou de preferência com uma mulher?

- Posso fechar a reserva com ela no seu quarto ou não? - A mulher bufa mechendo no computador.

- Pode... - Suspiro observando Melina completamente entusiasmada pulando de um lado pro outro enquanto olhava os mínimos detalhes da recepção do hotel. - Mas eu...

- Reserva fechada. - Ela diz pegando o cartão do balcão e me entregando. - Quarto 712, caso o cartão não esteja funcionando, basta trazer ele aqui para alguém reativar. Nada de barulho após as 10 e boa estadia.

Agradeço sem o mínimo de emoção indo em direção ao elevador quando Melina aparece correndo por trás de mim.

- QUANTAS EQUIPES VÃO SE HOSPEDAR AQUI?

- Eu não tenho ideia. - Respondo entrando no elevador com ela do meu lado.

- Tipo, Lance Stroll tava do meu lado.

- Tipo, Charles Leclerc vai dividir um quarto com você. - Digo imitando sua voz de entusiasmo.

- Que? Por que? Não! Eu já divido apartamento com você! Agora quarto é demais.

- Os quartos acabaram. Tentaram a sua reserva de última hora e ou você divide quarto com alguém da equipe ou comigo.

- Sério? - Ela arregala os olhos. - Primeira opção.

- Oi? Não! Você não vai dividir quarto com um estranho, García.

- Eu posso falar com Carlos, Leclerc.

- Ele trouxe a namorada. - Suspiro quando o elevador abre.

- Eles terminaram. Óbvio que não trouxe a namorada.

- Olha, você dorme em uma cama e eu em outra. Isso só não pode chegar no ouvido de Fred, se não você fica sem seu primeiro salário. - Falei rindo mas ela permaneceu séria. - Ah, qual é? Foi engraçado.

- Não foi. Qual número do quarto?

- 712. - Respondo em direção ao corredor mas a garota arranca o cartãozinho da minha mão abrindo a porta. - Para de ser tão agressiva!

Entramos no quarto de hotel onde puxo o cartão de sua mão para por no dispositivo que possibilita acendermos as luzes.

Melina olhava o local como uma criança vendo açúcar. Sorrio quando ela pula na cama e bate as perninhas.

sure thing - charles leclerc Onde histórias criam vida. Descubra agora