Minhas pernas mordiscam o ar quente que a cozinha exala, deixando no fundo da minha mente o conhecimento do que um dia fora o sentimento gélido do frio. Me sinto desnorteada e desorientada, caminhando pela cozinha como uma barata tonta em um piso de azulejo escorregadio.
- S/n, entregue os pratos para os clareanos enquanto eu sirvo a comida nos pratos. - Frypan implora colocando uma boa quantia com sua colher em alguns pratos sobre o balcão.
A pior parte havia já passado, cozinhar e temperar a comida estava definitiva fora de cogitação para minha pessoa. Consegui quase destruir toda a comida e queimar no mínimo 20% dela.
Como eu havia chegado atrasada, nada mais justo que a escolha pela qual eu iria ficar uma boa parte do dia lavando garfos e talheres e fechar o estabelecimento após o jantar ter sido entregue e feito.
- Sim senhor! -
Eu me aproximo da pequena janela que carrega consigo um balcão para colocar o prato e talher, para assim quem está do lado de fora pegar apenas o necessário. Os garotos passam enquanto eu entrego os pratos prontos por Caçarola que cantarola uma música nervoso em seu canto.
- S/n! Que bom que está aqui! - Chuck fala alto, se esforçando para ficar na ponta do pé para pegar a comida e me dar um "oi".
- Oi Chuck, Bom dia! - Eu o cumprimento, passando o prato para ele com um sorriso atrapalhado. - Dormiu bem? - Pergunto observando a forma que seus olhos ainda se acostumam com a luz do sol.
- Acho que sim, só ainda com sono. - Confessa agarrando a comida sorrindo. - Oi Fypan! bom dia!- Chuck o cumprimenta e o garoto assobia em resposta. - Bem, estou indo, até mais tarde. - Fala se afastando com a comida e um sorriso carinhoso.
Alguns outros garotos aparecessem assim que Chuck caminha para longe, e desde então sinto minhas pernas doerem pelo tempo longo que continuo sem me sentar.
- Após que terminamos aqui, você ficará com a louça, e eu irei jogar uma água na cozinha. - Ele avisa e eu aceno, sorrindo mesmo que ele não possa ver.
- Ok, ok. -
Eu concordo e logo uma cabeleira muito familiar aquece minha vista em felicidade.
- Newt, bom dia novamente. - Falo sorrindo, pegando seu prato e deixando em sua frente.
Um sorriso se abre em seus olhos de forma travessa, tocando o prato com as pontas dos dedos sem realmente querer pega-lo em mãos.
- Bom dia novamente, S/n. - Fala encarando atrás de mim, parecendo a analisar algo antes de voltar a falar. - Como está indo na cozinha? Se adaptou bem? Ou acabou colocando fogo em alguma comida? -
- Parabéns, você adivinhou. - Eu sorrio sem mais o que dizer sobre, observando uma risada escapar do loiro que apenas acha engraçado. - Queimei quase tudo e ainda quebrei um dos pratos de Caçarola. -
- Então a fedelha não é uma cozinheira e muito menos uma track-hoes... - Ouço outra voz vindo de trás de Newt, e encaro com um pouco de esforço observando Winston fazendo a observação com um sorriso. - Quem sabe amanhã você se dê bem comigo? - Ele dá a ideia atrás de Newt com um sorriso desleixado. Observo a forma pela qual Newt desaprova com o olhar que fulmina o homem em sua traseira.
- Talvez seja mais interessante ela passar primeiro pelo med-Jack. - Newt debate Winston quase sério, cruzando seus braços em relação a ideia.
- Qual é Newt, todos passam Slicers. - Ele súplica abrindo seus braços sem entender a colocação do loiro. - Com ela não vai ser diferente. - Eu observo aquilo sem saber o que dizer, e então eu encaro Frypan que observa tudo em silêncio, com suas mãos sobre seus quadris.
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Psycothic | Newt
Teen Fiction"Mês a mês uma alma é sacrificada ao ser enviada a clareira, uma alma sem memórias, um casco vazio. Mês a mês é menos uma alma que desfruta da liberdade da sua terra, os frutos da sua mente e oportunidades de viver a elegância da vida fora do labiri...
