You told me to try

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Carol POV

"Caralho! Cadê essa porra?!" Eu reclamo para mim mesma de forma baixa para não despertar a mulher que estava dormindo. Eu não queria ter que lidar com a enrolação que seria ter que me despedir dela se ela acordasse antes deu achar a minha calcinha. Eu já tinha achado o meu sutiã e o vestido, agora faltava a calcinha e os tênis. Já eram 7hs da manhã e eu ia me atrasar se eu não achasse isso logo.

Eu ouço um barulho da cama e paro qualquer movimento com medo da mulher loira acordar. Quando eu acho que a barra tá limpa e visto o vestido sem calcinha mesmo, pego meu celular e vou em direção a porta com a intenção de sair dali o mais rápido possível. Depois de passar pela porta do quarto e ir em direção ao que parece ser a sala eu acho meu tênis e rapidamente os calço. Eu saio do apartamento e agradeço aos céus por não precisar ter que lidar com aquela possível conversa. O sol estava escondido aquela manhã de inverno na cidade mineira, e o fato de eu estar com aquele vestido no tempo que estava não estava ajudando em nada então eu rapidamente chamo um taxi e vou começo o caminho em direção ao meu apartamento.

Ao abrir a porto do meu apartamento eu me deparo com Priscila passando um café na minha cozinha como se ela pertencesse ali.

"A chave que eu te dei é para emergências Pri." Eu falo em forma de cumprimento depois de tirar meu tênis na porta e ir em direção ao liquido dos Deuses que ela terminava de preparar.

"O fato de cê não ter respondido nenhuma mensagem minha e não está em casa pra mim significa que podia sim ser uma emergência." Ela fala já me servindo de café. "De nada." Ela fala depois de me servir e toma um gole do seu próprio café. "E outra, cê pode ser demitida a qualquer momento, então também consiste como uma emergência." Eu acabo revirando os olhos com sua fala. A Priscilla conseguia ser tão dramática quando ela queria.

"Ninguém vai me demitir Pri. Eu sou a capitã do time e estou lesionada, não é como se eu pudesse jogar mesmo. " Eu falo terminando de tomar minha xícara de café.

"Cê não pode jogar, mas tem compromisso com o clube Carol. Vai logo tomar teu banho que a gente precisa chegar lá antes das 9hs." Ela me fala enquanto eu já estou levantando e indo em direção a pia da cozinha para lavar a minha xícara. Quando eu volto da pia e passo por ela eu deixo um beijo em sua bochecha em forma de agradecimento por sua preocupação.

"Obrigada pelo café. Vou tomar um banho para ver se essa ressaca passa porque minha cabeça tá me matando" Eu falo me afastando e começando a andar em direção ao meu quarto.

"Quando você terminar o banho você vai me contar quem foi que quase te fez perder a hora." Eu ouço sua fala quando já estou no meu quarto tirando a roupa para tomar banho e me arrumar.

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"Pri eu já te disse, foi só uma mulher que eu conheci no barzinho ontem. A gente transou e só isso." Eu falo um pouco afobada para que aquele assunto acabasse logo. Estávamos andando em direção ao Minas e ela não parava de fazer perguntas sobre a minha noite.

"Aí Cá eu me preocupo com você. Esses últimos tempos eu não tenho te reconhecido com essas atitudes. Eu sei que essa lesão te afetou, mas cê não pode simplesmente ficar desse jeito. Eu e muitas das meninas estamos preocupadas contigo. O fato de cê tá transando com BH inteira eu não me importa, apesar de eu te conhecer o suficiente para saber que isso te machuca mais do que te ajuda. Mas o fato de você está ficando bêbada quase todas as noites me preocupa sim! Até porque cê tá tomando remédio e isso pode afetar a tua recuperação. E não só isso, se o clube descobrir cê sabe que eles podem sim rescindir teu contrato Cá." Ela tinha parado de andar para me falar essas coisas me olhando nos olhos.