A ASCENSÃO DE COPAS - GLASSHEART

Pais das maravilhas - 🐇

𝑹𝑬𝑫 - ᡣ𐭩

O país das maravilhas, é onde temos: chapéus malucos, gatos falantes, coelhos que perdem a hora, pedras decoradas, invenções inovadoras e entre outras maravilhas. Tudo era uma maravilha, ou quase tudo. O que deixava o local "sem graça" era a rainha, a majestade real, a rainha de copas. A mulher era arrogante, odiava empatia, tinha um coração de gelo, além de não ser nada amigável com todos do reino. Ela tinha muitas regras e obrigava a todos a seguirem. Se alguém se questiona-se, o que não era o caso, acabava tendo algum tipo de consequência, como decapitação, prisão, morte lenta, e coisas ruins que não veem ao alcance de qualquer pensador. Todos, todos mesmo, a temiam, menos sua filha, a princesa Red. A garota quebrava qualquer tipo de regra desagradável que sua mãe fazia, para ela tudo aquilo era errado, mas não perderia tempo debatendo com sua mãe arrogante. Tudo no país das maravilhas girava em torno da rainha, fotos, painéis, nomes, tudo estava colado com o rosto da mulher ao decorrer dos lugares da cidade. A mesma tinha uma regra, que ela nunca, nunca perdoaria se fosse quebrada, que se chamava "toque de recolher". Às 21:00 da noite, todos deveriam estar dentro de suas casas. E quem não seguisse essa regra pagaria as consequências que a rainha escolheria.

Eram exatamente 20:59, e os guardas da rainha do país das maravilhas estavam mandando todos entrarem por conta do toque de recolher. Todos os indivíduos do país da maravilhas correram desesperadamente para dentro de suas casas e fecharam suas portas, assim também desligando as luzes de casa. Animais atrasados corriam desesperadamente para suas tocas e humanos para suas casas. Todos conseguiram chegar no horário correto, como a rainha quis.

Todos temiam realmente a rainha, pois ela cumpria suas palavras, das mais rudes, para as menos rudes.

Quando todos do país das maravilhas estavam finalmente dentro de casa, o sino tocou exatamente às 21:00 em ponto. Os guardas andaram em volta da praça da cidade e não viram ninguém, então apenas se posicionaram ali, em ordem, caso algo acontecesse ou alguém ousasse desobedecer.

Enquanto todos estavam dentro de casa, a princesa Red se preparava para causar. O país das maravilhas era cansativo para ela, ela não tinha tantos amigos, apenas o filho do Chapeleiro maluco: O Chapeleiro Maddox. Red não era de conversar com ninguém, ela era apenas Red, a princesa do país das maravilhas.

Quando Red escutou o barulho do sino tocar, ela sabia que era sua hora, hora de sair e causar. Ela não queria machucar ninguém, apenas queria brincar um pouco com os guardas de sua mãe. A mesma escapa pela janela e se posiciona no telhado, Red está com tintas em spray e balões com tinta, ela iria fazer uma festa com toda aquela tinta. Red andava por cima do castelo, até chegar ao chão. Quando a mesma chegou no chão, subiu em outro telhado de uma casa qualquer da praça e se agachou, ela já via os soldados posicionados. Na praça, as imagens de sua mãe reinavam, então a garota de cabelos longos decide começar por lá. A menina pega um balão com tinta e joga na imagem da mãe, fazendo os guardas se assustarem e saírem do posto em que estavam.

-- Tolos. -- Disse Red, achando engraçado a maneira como eles se assustaram com pouca coisa.

A menina pula para um tipo de ponte que tem na praça, mas ela fica no ar, uma espécie de apoio, ou apenas enfeite. Os guardas às vezes subiam lá. Red se posicionou lá e jogou uma bola de tinta vermelha no capitão dos guardas. Enquanto ela se mexia com cuidado para não cair, ele gritou:
-- Ali, peguem a maldita!

Nesse momento, todos os guardas corriam atrás de Red, enquanto subiam ou tentavam subir onde ela estava. Ela escala para o outro ou  lado, passando uma adaga na foto de sua mãe. A sorte da princesa vermelha era que ela vestia uma roupa com um campus, então certamente não veriam a face dela, e se vissem seriam míseros detalhes.

Red pulou novamente para outro telhado, mas acabou escorregando em algo, e quase caia. Nesse pouco tempo, todos os guardas estavam em sua frente, ela estava presa. Red só pensava nas punições que sua severa mãe lhe daria. Enquanto os guardas tentam pegar o pé dela, ela é puxada por algum tipo de geringonça magia, e quando ela é puxada, acaba parando no quarto de seu amigo, Maddox.

-- Salva pelo gongo. -- Diz Maddox, olhando para Red, que estava no escritório de seu pai.

-- Você não tem noção do quanto eu ia me ferrar, obrigado, Maddox. -- Diz Red.

-- Tudo bem, eu sou seu amigo, posso te ajudar quando precisar, mas tente ser mais cuidadosa, princesa Red, por favor. -- Diz o menino, enquanto olhava para meus olhos castanhos.

-- Certo, da próxima vez eu tomo mais cuidado. -- Diz Red, enquanto cruza os braços. -- Você sabe que eu odeio quando me chamam de princesa...

-- Perdão, Red. -- Diz ele rindo.

-- Sabe aquela criação que te falei que estava fazendo? -- Perguntou o garoto.

-- Sim, lembro. Terminou? -- Perguntou Red.

-- Sim, terminei. Venha, venha ver comigo. -- Disse o menino, enquanto pegava uma espécie de relógio, mas não era qualquer um, ele parecia diferente para Red.

-- Minha atual criação, uma máquina do tempo! -- Diz ele. -- Ela tem o poder de voltar no tempo para resolver algo que está errado, mas ela que escolhe para onde ir. Ela saberá ao certo a que ponto chegar. Fiz para você, menina. -- Ele diz, dando um paço para trás. -- Iria lhe entregar no seu aniversário de 18 anos, mas quero que veja agora.

- Uai! Parece interessante, então eu talvez poderei consertar o que eu quero, como não virar rainha, me livrar das coisas ruins da minha mãe e ser quem eu sou.

-- Ei, ei, ei, não vá com muita sede ao pote, essa máquina traz consequências. Tais elas, que eu não sei, mas mudará algo no futuro dos envolvidos. -- Diz ele. -- Lhe darei na hora certa. -- Maddox diz, e eu reviro os olhos.

Escutamos algumas batidas na porta da casa, eram provavelmente os guardas, eles procurariam em toda a cidade a menina que fez aquele estrago.

-- Pode ir para o Palácio, Red, eu irei enrolar todos. Não quero que saibam que estou a abrigar uma fugitiva. -- Ele diz, deixando o relógio na mesa e saindo da sala, trancando a porta.

Red observa ele saindo. Ela sabia que fazer aquilo antes da hora era errado, mas a princesa pegou o relógio e colocou em seu bolso, logo após se posicionando na máquina novamente e chegando em seu quarto, diretamente em sua cama.

-- Amanhã será outro dia, tenho muito o que saber sobre você. -- Diz Red, enquanto retirava o relógio do bolso e o tocava.

A garota adormeceu enquanto tocava no relógio. Ela sabia que sua mãe não entraria no seu quarto, mas mesmo assim, antes de dormir, colocou o relógio, sendo ele a máquina do tempo em seu bolso.