Capítulo 18. (final)

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Pov: JENNIE KIM.

Sentia saudades. Não havia nada que fazer.
Jennie tirou o casaco e o jogou sobre o sofá, então se sentou a seu lado com um suspiro cansada. As últimas semanas tinham sido uma merda. Elk Ridge tinha sido notícia nacional, e como consequência, os meios de comunicação tinham sido um enxame no pequeno povoado, entrevistando às pessoas do local e a todo mundo que afirmasse alguma vez ter visitado a região.
Ocuparam-se dos animais recuperados durante a operação encoberta. Levaram-se a cabo as detenções, e os caçadores ilegais esperavam o julgamento de um montão de cargos federais. Isso tinha sido um circo, mas agora as coisas estavam finalmente tranquilas outra vez.

E aqui estava ela, em casa, sozinha, pensando em uma tentadora mulher de olhos dourados e sentindo saudades com cada fôlego. Era tremendamente patética, e estava medianamente
segura de que isto o convertia em uma molenga.

Não tinha sabido nada de Lisa nem de seus pais, coisa que a deixava louca. Não sabia como estava fazendo ela, se estava sofrendo, curando-se, mas então ela não tinha tentado chamá-los tampouco. Não queria nenhuma possibilidade de que a relação entre Lisa e ela fosse
descoberta, nem as possíveis pergunta que poderiam surgir se sabia que ela tinha estado aqui quando a operação se levou a cabo.
A ama, Estúpida.
Sim, tão louco como isso soasse, ela tinha caído e tinha caído duro nos poucos dias que tinham estado juntas. Inclusive tinha conseguido superar o fato de que ela passasse parte de seu
tempo como um guepardo. Sim, ela tinha perdido seu juízo. Ou seu coração para ser mais exatos.

Esfregou com cansaço a nuca e por um momento contemplou a ideia de ir dormir cedo, mas ir à cama vazia que a esperava em seu quarto não era nem remotamente atraente.
Um ligeiro ruído a arranhões interrompeu seu mal-estar pensativo. Inclinou a cabeça, pensando que talvez o tinha imaginado, mas então o ouviu outra vez. Vindo da porta principal.
Com um cenho, levantou-se e caminhou com cautela para a porta, sua mão estirando-se para a arma que tinha em seu lado que ainda não tirou.
Ali estava outra vez. Definitivamente havia algo fora de sua porta e se voltava mais ruidoso e mais persistente.

Abriu a porta mas antes que inclusive pudesse ficar em guarda para avaliar o perigo potencial, foi esmagado por uma voadora bola peluda.
Caiu para trás quando um guepardo saltou sobre ela. Suas costas golpeou o piso com um golpe sonoro enquanto um gato de olhos dourados o lambia e acariciava a face com o nariz.
Lisa.
Sua surpresa se transformou em uma alegria total e absoluta. Alívio.
E então repentinamente se encontrou segurando uma preciosa mulher nua dentro de seus braços.
— Realmente tem que deixar de fazer esta merda — Murmurou — É desconcertante e parece doloroso.
— Não está contente de me ver? — Ela perguntou enquanto seus lábios encontravam os dela.
— Oh, querida — Ela grunhiu — Se só tivesse alguma ideia de quanto senti saudades.

Jennie estirou a perna para fechar a porta de um chute e então envolveu os braços ao redor de sua mulher e procedeu a beijá-la irracionalmente. Seus lábios estavam frios contra os seus, e ela nunca tinha sido mais doce.
O cabelo caía sobre a face, e os seios se pressionavam contra sua camisa. Alisou as mãos sobre seu corpo, querendo tocá-la, absorvê-la, assegurar-se de que não estava no meio de um
sonho. Um que ela tinha tido muitas vezes desde que ela se foi.
E então caiu na conta. Ela estava aqui. E não deveria estar aqui. Deveria estar a salvo no Alaska. Com seus pais. Não aqui onde se arriscava a ser descoberta.

— O que está fazendo aqui?
— Perguntou inclusive enquanto acariciava sua pele, tocava seu
rosto, enlaçava os dedos através de seu cabelo e roubava outro beijo — Não deveria estar aqui, querida. É perigoso.
— Eu te amo — Disse ela simplesmente, e seu coração esteve a ponto de deter-se. Jennie realmente se sentia aturdida, o que estava seguro de que a convertia em inclusive mais molenga que todos os suspiros que tinha exalado.
E ainda ela o disse como se respondesse os mistérios do universo, como se essas três simples palavras contivessem a resposta de todas as coisas e devido a isso, sua aparência o fazia
completamente convincente.
Não o era.

— Tanto como adoro deitar aqui no piso, de costas, com o piso duro debaixo de minhas costas e com meus braços cheios de uma preciosa… — Se deteve para beijá-la outra vez. Ela simplesmente não podia evitar fazê-lo — … Poderíamos levar esta conversa ao sofá?
Ela sorriu e engatinhou para descer dela, então estendeu a mão para ajudá-la a levantar-se.
Logo que Jennie esteve de pé, empurrou-a dentro de seus braços e a abraçou estreitamente inclusive
enquanto se moviam para o sofá.
Sentou-se, arrastando-a para baixo sobre seu colo para poder abraçá-la.

Deus, simplesmente não podia deixar de tocá-la. E é óbvio que ia ter que abrir a boca para dizer algo estúpido. Algo
que não queria dizer mas que precisava dizer-se igualmente.
— Não deveria estar aqui. É perigoso. Lisa, e se a descobrem? O que pensam seus pais a respeito disto? Devem estar ficando loucos.
Ela pôs um dedo sobre seus lábios então se aconchegou mais perto dela e a beijou, comprido e quente. Varreu a língua sobre seus lábios e então a introduziu, serpenteando sobre a
dele, provocando, tentando. E ela rapidamente se esqueceu do que estava tentando dizer.

Quando Lisa se afastou, seus olhos brilhavam de risada, de felicidade.
Jennie apoiou a mão sobre seu ombro quando repentinamente ocorreu que ela ainda poderia não estar completamente curada.
— Estou bem — Disse Lisa com voz rouca — Vê? — Girou seu braço para que ela pudesse ver que não havia nenhuma marca que ressaltasse em sua pele bronzeada.
Jennie beijou a área onde a última vez tinha visto uma ferida feia e ensanguentada.
— Assustou-me — Admitiu — Temi tê-la perdido. Perdi-a. Não deveria estar aqui.
Ela riu.
— Não vai me perder mais do que eu vou perder você. Você é minha Jennie. E eu entesouro o que é meu. Sou muito possessiva nesse aspecto.
— Mas querida…
— Você me ama? — Ela perguntou, seu olhar tenazmente esquadrinhando o rosto.
— Sim, mas…
— Sem mas. Me ama? Me quer?
Jennie a apertou contra ela.

— Deus sim, te amo. Quero-a condenadamente tanto. Não quero que nunca vá. Quero-a aqui comigo para sempre. Amo-a. Amo-a malditamente tanto que dói.
Ela levou os braços ao redor de seu pescoço, e ela pôde senti-la estremecer-se contra ela.
Seus suaves lábios beijaram o pulso em seu pescoço e logo ela se afastou.
— Então isso é a única coisa que importa.
— Importa se não puder te manter a salvo — Disse ela.
Ela sorriu, seus olhos brilhando com uma fé que a humilhou.
— Manterá-me a salvo, Jennie. E serei precavida. Seremos precavidas. Requererá de um sacrifício. Sei que não poderei trocar de forma quando e onde queira. Sei que sempre correremos
um risco se estivermos juntas, mas não posso viver sem você. Não quero estar sem você. Estou disposta a arriscar tudo para estar com você. Sempre.
Se ela o punha desse modo, como poderia discutir. Estava disposta a jogar tudo para o alto.

Estava disposta a sacrificar sua liberdade para estar com ela. Não se sentia digna dela, mas estaria
maldita se ia deixar que isso se interponha no caminho.
— Eu te amo — Disse ela com voz rouca — Não quero que vá. Fique. Comigo. Faremos que funcione. Protegerei-te com minha vida.
Ela segurou seu rosto dentro de suas mãos. As lágrimas brilhando em seus olhos faziam que o ouro líquido refulgisse.
— Eu também te amo — Ela sussurrou — Ficarei. Sempre.


                              Fim

CHEGAMOS AO FIM DE MAIS UMA FIC, ESPERO QUE TENHAM GOSTADO DESSE TEMA, PRETENDO TRAZER MAIS DO MUNDO SOBRENATURAL, VAMPIROS, LOBOS, SHIFTERS.

SE POSSÍVEL VOTEM E COMENTEM E ME SIGAM.

XOXO.

Golden eyes. Jenlisa G!P  (Shifter)Onde histórias criam vida. Descubra agora