Twelve

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DEPOIS DE TODO CLIMA criado naquela pista de dança, (Nome) precisou urgentemente se recompor. No momento, estava sentada no banco da praça em frente a boate, com as pernas cruzadas e cabelos voando conforme o vento passava. Ela sumiu sem Satoru ao menos conseguir saber onde ela estavam. Acontece que, depois do beijo, ela teve tanto déjà-vus, tantas coisas se passaram por sua cabeça, que ela simplesmente saiu da pista de dança.

Sua cabeça estava girando, nesse meio tempo ela havia bebido bastante, talvez por esse motivo isso estava acontecendo.

── Não me assusta assim (Nome)! ── Satoru rapidamente atravessa a rua, e para em frente a (Nome). ── Por que saiu?

── Eu fiquei tonta, desculpa. ── (Nome) responde arrastado.

── Vamos para casa, você já bebeu demais. ── Satoru diz.

── E meu irmão? E a minha amiga?── (Nome) pergunta com uma expressão preocupada. Ela parecia uma criança inocente e perdida, era até engraçado.

── Querem ficar mais, sabe como é, aproveitar as boates de Tokyo. ── Satoru ri baixo, e então suspira. ── Vamos (Nome).

(Nome) encara Gojo, mas não fez menção de levantar.

── Eu sinto falta dele. ── (Nome) diz, deixando Gojo confuso por questão de míseros segundos.

Ah, é a bebida. Deixa ela sentimental.

─ Me lembre de nunca mais te deixar beber desse jeito. ── Satoru muda de assunto, com um sorriso divertido que não quero estar ali.

── Satoru, aonde ele está? ── (Nome) pergunta, com a voz um pouco arrastada por conta da bebida.

── Ele está por aí, seguiu a vida dela, (Nome)! ── Satoru diz.

(Nome) desviou o olhar, com os olhos cheios de lágrimas, e se deitou no banco.

── Será que ele não vai voltar? ── (Nome) diz com os olhos transbordando de lágrima.

── Vamos para casa (Nome). ── Satoru diz, pegando (Nome) no colo estilo noiva, e levando-a até o carro que estava estacionado não muito longe.

── Gojo...o Suguru vai voltar! ── (Nome) exclama como se tivesse total certeza disso.

Satoru se manteve calado, não foi difícil entender o por que ela havia tocado nesse assunto tão repentinamente. A resposta simplesmente era; muitas das vezes a bebida nos faz falar coisas que estamos guardando pra si o tempo inteiro.

Deve ser por isso que muitos casais brigam quando um deles estão embriagados, ou pessoas choram em bares. Existem pessoas que bebem apenas diversão, e existem pessoas que bebem pra esquecer dos seus problemas, esquecer seus traumas. Mas a bebida acaba fazendo com que fiquem vulneráveis, ao ponto de chorar e se abrir com qualquer pessoa. Acho que nem preciso dizer que (nome) é a segunda opção, preciso? Não!

Satoru a colocou no banco de trás suavemente, ela havia deitado. Sem muita demora, o albino começa a dirigir em direção ao próprio apartamento, com a velocidade alta. Nesse percurso, (Nome) já havia cochilado. Gojo a fita pelo retrovisor, e suspira pesado.

E põe pesado nisso.

Saber que isso sufocava [Nome] era ruim, ruim até demais. É como se a dor dela se fundisse com a dele e se transformasse em uma dor muito maior do que deveria ser. Ambos tinham um melhor amigo em comum, é óbvio que doeria nela também. Bêbada, ela estava vulnerável, sem ela ao menos dizer muitas palavras, Satoru conseguiu entender que a angústia no peito dela, se resumia a isso; a ida de Suguru.

𝐑𝐄𝐅𝐔𝐆𝐈𝐎 𝟐 ━━━ Satoru GojoOnde histórias criam vida. Descubra agora