𝑻ℎ𝑒 𝑾𝑜𝑟𝑙𝑑 𝑖𝑛 𝑚𝑦 𝑯𝑎𝑛𝑑𝑠.

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quando levanta seu olhar, vê alguém parado em frente à si, e percebe que a pessoa estava escutando sua conversa atrás da porta esse tempo todo.

- puta merda, Pansy! À quanto tempo você está aqui? - o loiro pergunta, levando a mão direita ao seu peito, por ter tomado um susto com a aparição da garota.

- oi, Draco! Estou aqui desde que você entrou na sala. Te vi segundo o Spane, e não é a primeira vez que vejo isso, então acabei ficando curiosa, e decidi te seguir. - ela fala, um sorriso de canto brotando em seus lábios.

- e quanto você escutou, Pansy? - Malfoy pergunta, apreensivo com o quanto a garota poderia ter escutado, afinal, o fato de Draco ser um comensal da morte, e as tarefas que ele estava condenado a fazer, são estritamente confidênciais.

- eu diria que tudo.

Malfoy arregala seus olhos azulados, sua boca se abre e fecha duas ou três vezes, sem saber o que falar ou fazer sobre a situação.

- merda, Pansy! Não era pra você ter me seguido, não era pra você ter nos escutado! Só posso recorrer a contar pro professor Snape que você ouviu tudo. - ele falava, raiva presente em sua voz.

- corta essa, Draco. Se aproximar do Potter e virar amigo dele, hm? Para depois o matar...
O que acha de uma ajudinha? Sou bem comunicativa, posso te ajudar com isso. - diz ela, dando uma piscadela para o loiro, com um largo sorriso presente em seus lábios.

Malfoy revira seus olhos para a expressão cínica na face da garota, mas, mesmo assim, se vê pensando sobre o assunto.
Seria bom receber uma ajuda, visto que ele teria dificuldades no quesito de ser comunicativo de forma casual com o Potter.
E caso alguma coisa desse errado, e tivesse de fazer algo à respeito de Pansy, bastaria Draco usar um feitiço para apagar as memórias da garota sobre o plano.
Não teria como dar errado, teria?

não. Claro que não teria.
estava tudo sob controle.

a garota estende a mão, esperando ansiosamente por um aperto ou por ser recusada.

e Malfoy aperta a mão estendida para si, ambos trabalhando juntos agora.

Harry Pov:

o final de semana passou arrastado, cheio de tarefas e coisas para fazer, finalmente chegando a segunda.

o garoto estava a caminho da aula de poções junto aos seus amigos, Rony e Hermione.
aparentemente Hermione repreendia o Wesley por ele continuar com a mania de comer com as mãos.

mas Potter não estava prestando atenção, mal tinha dormido direito nesses últimos dois dias, estava morrendo de sono. Andava tendo uns sonhos perturbadores com o Lord das trevas, e a possível guerra que estava propensa a acontecer caso ele retornasse.

não podia fingir não perceber que via os alunos de Hogwarts cada vez mais tensos, e o pior era que O menino-que-sobreviveu não podia demonstrar estar desamparado, com medo ou fraco.
mesmo estando se sentindo assim o tempo todo.
se ele demonstrasse alguma dessas coisas, as pessoas começavam a sentir medo também. Medo de ser um possível aviso de que as coisas estavam prestes a dar errado. Harry era uma premonição para os alunos, e eles acabavam se baseando no que poderia estar acontecendo à partir de sua aparência. Os alunos espelhavam o que poderia acontecer através do Potter.
Se informavam se estava ocorrendo tudo bem através de seu estado, tanto físico, como mental.
Temiam ele aparecer um dia desamparado, ou, no mínimo, tenso, por que isso poderia significar que Voldemort estava perto de se mostar, e isso deixava cada célula corporal dos alunos em pânico.

a guerra estava espelhada em Potter.
o garoto tinha o peso do mundo bruxo em suas mãos, e não sabia como lidar com isso.
as pessoas estavam jogando todas as expectativas em suas costas, mas ele também estavam com medo.

Glimpse of You. | DRARRYOnde histórias criam vida. Descubra agora