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33 Clarice❄️

Clarice Bittencourt
16 de maio de 2024
Quinta-feira

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Hoje a aula que teremos será um pouco diferente da que estamos acostumados a termos. Iremos para uma clínica de reabilitação, para conhecer pessoas que infelizmente, passaram por um trauma e está se recuperando. Fora preciso duas vans para levar a turma. Felizmente eu não fui na mesma van que a Luise, isso seria uma tortura psicólogica. Entramos no local, e o responsável pela clínica nos recebe bem.

E nos mostra cada detalhe do local, como também alguns profissionais da psicologia. Seguimos para uma sala, onde encontramos várias pessoas reunidas. Chegou a hora de conhecer um pouco de cada pessoa e o que elas passaram, claro que seria privado, não seria para todos presentes ouvirem. Eles querem nos mostrar, como será assim que nos formamos, e começarmos a trabalhar na nossa área.

— Olá... – fala uma garota de seus dezesseis anos, bastante tímida por sinal. — Me desculpe, eu estou um pouco nervosa. Não é fácil falar sobre o que eu já passei!

— Não precisa se desculpar... Eu imagino como deve ser! Um conselho; respire fundo e quando você estiver preparada, você poderá contar. Não me veja como uma estudante de psicologia, mas como uma amiga. Não estou aqui para te julgar!– a garota concorda com um aceno de cabeça.

Depois de uns 15 minutos em silêncio, a garota começa a falar. Não vou mentir! Eu tive que segurar as lágrimas para não chorar junto com ela. Essa garota sofreu tanto! De alguma forma eu entendo o que ela passou, porque eu passei por algo semelhante, e isso é extremamente doloroso. Quando ela tinha terminado de contar sua história, e contei um pouco sobre mim. Podemos dizer que ela e eu nos identificamos com alguns detalhes em nossas vidas.

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— Como foi com a garota ? Tô sentindo você meio, sei lá... pensativa! – Fabíola e eu estávamos no lado de fora da clínica, encostada na van e esperando nosso professor.

— Talvez... eu e aquela garota temos algumas coisas em comum que ocorreram em nossas vidas. Depois eu te conto melhor! Vamos passar em uma cafeteria antes de irmos pra casa ? – minha amiga concorda. De repente ouço alguém me chamando, ao olhar para trás vejo que era a Lilian. A garota que eu conversei, acompanhada de uma pessoa que trabalha na clínica.

— Vim lhe dá uma presente! – diz estendendo um saquinho, e ao retirar vejo que era uma pulseira artesanal.

— Nossa... Obrigada, Lilian! Amei! – eu coloco a pulseira.

— A gente sempre faz alguma coisa aqui, e eu faço colar, pulseiras, entre outras coisas. Eu vi essa pulseira que fiz a dois dias, e achei que ela combinaria com você. – em agradecimento, eu à abraço. — Obrigada! A nossa conversa me deixou mais em paz. – fala em sussurro e eu somente assinto, logo ela volta para dentro da clínica.

— Não tenho dúvidas que você será uma ótima profissional. Você não errou em sua escolha! – dou de ombros. De repente vejo Fabíola revirando os olhos, isso significa uma coisa.

— Olha só, ganhando presentinhos dos pacientes. Isso deveria ser errado, sabia ?

— Luise... – eu já estava perdendo minha paciência. Sério! — Isso não é da sua conta. Me deixa em paz! Por quê não finge que a Fabíola e eu não existimos ? Você tem 23 anos, mas parede uma garotinha que ainda está no ensino fundamental, e quer bancar a popular da escola. Isso é simplesmente ridículo! – ela me olhava furiosa, quando ia rebater o professor apareceu, e ela volta para van que ela veio.

— Parece até um Karma, Deus me livre! – disse Fabíola. Entramos na van, e seguimos para faculdade.

Quando chegamos o professor explicou que os funcionários da clínica vai observar o desenvolvimento das pessoas com que conhecemos cada história e que conversamos, ver se realmente algo vai mudar. 10 minutos depois, finalmente estávamos liberados e poderíamos ir embora pra nossas casas. Fabíola e eu seguimos para a cafeteria.