✓ Always | Hayden Christensen

50 Clarice❄️

Clarice Bittencourt

Vintage tee, brand-new phone
High heels on cobblestones
When you are young, they assume you know nothing
Sequin smile, black lipstick
Sensual politics
When you are young, they assume you know nothing

❄️

Meus olhos começam a lacrimeja. Eu não estou acreditando no que eu estou ouvido. Um embrulho se formou no meu estômago ao ouvir o Hayden falar aquelas palavras. Eu queria vomitar! Não estava me importando com mais nada, as minhas lágrimas caiam naquele momento, foi pior que levar um tapa.

— Não! – digo em sussurro. Eu não conseguia falar! Respiro lentamente, procurando forças. — Você não vai falar assim comigo. Quem foi que lhe mostrou essa gravação ?

— Não importa quem me mostrou! – disse friamente. — Quer dizer que você só queria ficar comigo por causa da fama ? Responda Clarice... – mordo o lábio inferior.

— Não! Eu estava com você porque... – eu ia falar que o amava, mas depois disso, ele não está merecendo ouvir sobre o que meus sentimentos. Não mais! — Quer saber, eu sou uma idiota! Eu deveria saber que nós não faríamos certo. – dou uma risada sem humor. — Eu não falei isso! Eu não preciso do seu dinheiro! Estou estudando, e me esforçando para ter o que desejo, e nunca depender de ninguém. Nem mesmo dos meus pais! – caminho em direção a porta, abrindo-a. — Mas como você prefere acreditar nisso, acho melhor você ir embora.

— Assim sem nem mais, e nem menos ? Vai me falar só isso ?

— Não tenho mais o que dizer a você! Eu não quero perder meu tempo discutindo! – dou de ombros, soltando uma risada amarga. — Você não vai acreditar mesmo! A maneira que você veio falar comigo já diz tudo. Vá embora, Hayden. Agora! – peço. Ele pega o celular em cima da mesinha de centro, que ele colocou e sai. Ia fechando a porta, quando eu decido dizer algo uma última vez. — Hayden... Se um dia você se arrepender disso. Não pense em me procurar! Eu não quero mais saber de você! – ele fica encarando-me pro um momento, até que eu entro em casa.

Subo as escadas em direção ao meu quarto, e ao entrar no cômodo eu desabo em chorar. Eu poderia dizer que era mentira, tudo uma baita de uma armação, deveria ter insistindo mais. Mas depois do que ele falou comigo, eu não quis continuar tentando. Isso prova que não ia dá certo nosso relacionamento, que qualquer coisa que inventasse ele ia acreditar.

Merda!

❄️

Abro os meus olhos e sinto uma baita dor de cabeça. Levanto-me indo em direção ao banheiro. Eu gostaria que tudo isso fosse somente um pesadelo horrível, mas quando vi meu reflexo no espelho, vejo quê o que aconteceu horas atrás foi bem real. Lavo o meu rosto, na esperança de diminuir as orelhas. Droga! Quando o Eduardo ver isso, vai perguntar o que aconteceu. Pego um corretivo, e começo a passar em meu rosto para tentar disfarçar, isso deve servir.

— Oi irmã, tudo bem ? – meu irmão pergunta assim que termino de descer as escadas.

— Estou ótima! – eu poderia contar ao meu ramo o que aconteceu, mas eu não quero mais confusão. — Cadê a Fabíola ?

— Na cozinha! – assinto em concordância, e sigo para cozinha. Entro no cômodo e vejo minha amiga preparando o jantar.

— O que houve ? – franzo a testa em confusão.

— O que ?

— Aconteceu algo! Eu sei quando você está mal!

— Acordei agora, sabia ? Obvio que não já acordar muito feliz, Fabíola. – ela balança a cabeça em negação.

— Mentira! Eu lhe conheço e sei quando você está mal! Para de tentar mentir, que você não consegue. Pode ir me contando. – exigiu. Não dá para esconder nada dela.

— Será que pode deixar ela depois ? Não quero que o Eduardo escute!

— Tudo bem! Mas depois você vai me contar o que aconteceu. – concordo e vou ajudá-la no jantar.