Jão romania
Fortaleza - Ponto de vistaEu nunca pensei que dividir um quarto com o Pedro seria tão difícil.
No dia em que ele chegou eu fui conseguir dormir pela manhã, quando eu finalmente me senti confortável com a situação.
Fazem uns 3 dias que ele está aqui, e sempre trocamos farpas, deixando o clima e a situação chata para todos.
É final de tarde agora, e estamos todos sentados na areia olhando o por do sol. Mais cedo estávamos brincando como crianças na água.
Eu estava com um cigarro na mão, e Pedro estava próximo, quase do meu lado, coisa que ele não estava fazendo.
- Dá para parar de jogar essa fumaça pro mundo? Eu não tô suportando esse cheiro!
- Senta pra' lá então!
- Eu não vou sair só porquê tem um infeliz que adora ficar baforando essa fumaça se achando o dahora! - Nesse momento todos já estavam nos olhando, em pleno silêncio.
- E eu não vou parar, até porque, eu não fumo pois é "dahora" - eu fiz aspas com as mãos.
- Fuma por que então!?
- Se você soubesse ia se ajoelhar agora, só pra pedir desculpas!
- Eu não me abaixo ao seu nível!
- Se abaixou tanto que foi o meu namorado! - Naquele momento, estávamos elevando o nível da voz.
- Não terminei com o meu logo depois do momento mais feliz da vida dele.
- O momento mais feliz da vida do meu infelizmente, foi beijar uma mulher e esconder de mim.
- Um beijo técnico!
- Escondido! - Estávamos frente a frente, apontando o dedo na cara um do outro.
Ninguém sabia o que falar, ou fazer, só estavam deixando a gente fazer.
- Eu te odeio. Eu tenho uma namorada mil vezes melhor do que você foi! - E naquele momento eu já não tinham mais argumentos contra.
Ele tinha razão, eu fui um péssimo namorado. Simplesmente deixei nosso relacionamento esfriar, não soube lidar com a distância, terminei no pior momento possível.
E não só com ele. Com Léo, com ele eu também fui um péssimo namorado. Usei ele para encobrir a falta do Pedro.
E mesmo com essa falta enorme, eu ainda usava o colar, e nesses dias não tive a coragem de tirar a camisa perto de Pedro.
Eu me levantei da areia, jogando a bituca de cigarro no seus pés, então eu saí andando.
Isa se levantou e veio até mim. Eu corri, só parei quando estava longe, andando com os pés no mar, que ia e voltava, trazendo remorso.
- Jão! Não chora... - Ela disse quando viu meu rosto.
- Ele tá certo Isa. Eu fui um péssimo namorado! E eu sou uma péssima pessoa, ele já me superou, e eu simplesmente deixei outra pessoa sofrer só pra tentar tirar ele da minha cabeça.
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Do teatro para vida, meu amor. | pejão
Fanfictiona segunda temporada de amor teatral. Da adolescência para sonhada fase adulta. O sonho do amor eterno no escrito do para sempre. O conto de fadas de se apaixonar pelo garoto do teatro e se casar. Tudo isso, existe de verdade? História autoral de Ca...