XXXI

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Jão Romania
São Paulo - Ponto de visita.

Agora que está tudo bem entre Pedro e Júlia e está tudo certo, eu decidi pedir Pedro em namoro.

Estou nervoso, olhando pro espelho, tentando ver se estou bonito o suficiente.

Eu sei bem que estamos a muitos anos juntos, e que para ele eu sempre estou bonito. Pedro já me viu chorando, rindo, doente, frustado, irritado, suado. De todas as maneiras. E mesmo assim ele nunca perdeu o brilho no olhar ao me ver.

Eu posso ficar horas calado ouvindo ele falar. E ele pode descobrir os porques, ques prós e contras de estar com ele.

Vamos nos encontrar no mesmo prédio em que eu levei um tombo e desmaiei.. Tendo que ser levado pro hospital. O prédio que usamos para fazer a Malu se reatar com o Lucas.

Pedro não sabe da localização, só mandei ele se arrumar, e quando ele perguntou que tipo de roupa eu respondi: Qualquer, você é bonito em toda ocasião.

Júlia me ajudou, pois é, se juntou com Marília e Malu para arrumarem o local.

Inclusive, eu dei o número do Léo para ela. Quem sabe eles não dão certo?

No meu grupo com minha prima e irmã mostrei pra elas a roupa, rapidamente tive respostas positivas, então sai de casa indo buscar Pedro.

Quando cheguei na casal dele, ele desceu rapidamente entrando no carro, me puxando para um selinho.

Seu perfume se misturou com o meu rapidamente, exatamente em uma fundição perfeita de cheiros.

- Oi! - ele sorriu.

- Oi! - Eu sorri de volta - Pronto?

- Uhum! Nem uma dica?

- Não.. Vai ter que aguentar, Augusto. - Eu estava tentando passar confiança e firmeza nas palavras, mas a verdade é que desde do momento que eu saí de casa minha mão está tremendo.

Baixinho no rádio tocava janeiro a janeiro. Eu cantarolei, e Pedro me acompanhou.

O caminho todo Pedro olhou a janela, não sei se ele reconheceria o caminho por fazer anos desde o acontecimento. E o prédio continua o mesmo.

Assim que chegamos ele olhou o prédio e deu uma risada.

- É sério!?

- Uhum.. Aluguei a cobertura só pra gente. - Ele sorriu, pegando minha mão, entrando para o prédio.

- Cuidado pra não cair.. - Ele riu.

- Nossa professor Pedro, tá chato hein. - Provoquei de volta vendo ele fechar a cara.

Dessa vez eu ri. Pegamos o elevador para a cobertura.

Assim que chegamos as luzes ambiente estavam acessas, as roupas de banho e toalhas que eu pedi para Malu estavam ali, a hidromassagem quente. No chão perto da parte onde as pessoas usam para conversar, fora da área da piscina, uma toalha vermelha com as comidas e bebidas.

- Nossa.. Aqui tá bonito..

- Aqui já é bonito naturalmente.. eu só pedi ajuda pra fazer um negócio para nós. - Ele me abraçou, dando beijos no meu pescoço.

Do teatro para vida, meu amor. | pejão Onde histórias criam vida. Descubra agora