A dama e o vagabundo

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                                        Gabi

— Só mais uma aqui pra finalizar... — Mais uma aqui... Perfeito!

Haviam fotógrafos no nosso apartamento, eu e minha família posávamos para as fotos, todos trajados e prontos para a festa do ano!

— E agora uma apenas sua senhorita Gabriella!

Poso para a foto com a maior naturalidade do mundo.
Fiz vários trabalhos como modelos, tirar fotos pra mim era a coisa mais fácil do mundo.

— Perfeito! Família linda! — diz o outro fotógrafo.

Família linda, mas aquele clima entre nós pesava cada vez mais.

Minha mãe estava estranha.

— Pai... — meu irmão falou fazendo meus pensamentos sobre aquilo sumirem. — A limousine chegou e tá lá embaixo. — diz saindo da janela.

— Obrigado filho! Pegaram tudo? precisamos ir.

— Vamos! — diz minha mãe.

                                       Tiago

— Irmão tô pior que cachorro! Na verdade agora eu entendo por que cachorro não gosta de coleira, essa gravata não me deixa respirar! — Wesley diz não parando de mexer na gravata.

— Só cala boca e aceita! — digo me olhando no espelho tentando por a minha.

— A gente tá mó lindo né? Ai papai. — diz Rodrigo biscoitando na câmera do celular.

— Tamo parecendo os boyzinho daqui já. — falo normalmente.

— Claro, tem que estar à altura pra família da namorada! — cutuca o Wesley e eu mando dedo pra ele.

— Deixa eu ver como andam esses meninos... — minha tia que já estava pronta diz entrando de fininho no meu quarto.

— Tia me ajuda com essa gravata por favor. — peço indo até ela e ela me ajuda a colocar.

— Prontinho sobrinho! Todos prontos?

Concordamos e descemos do apartamento indo ao estacionamento.

Tava ansioso pra ver ela.

                                         Gabi

20:00

A limousine se abre e meu pai é o primeiro a sair, em seguida sai minha mãe, com a ajuda do motorista que lhe dá sua mão.

Mesmo estando dentro do carro ainda pude observar como estava lá fora. Havia um lindo tapete vermelho esperando a nossa passagem, vários jornalistas, fotógrafos e convidados a nossa espera.

Segundos depois já era hora de eu e Leonardo sair. O motorista lhe dá sua mão para ajudar eu sair, e assim fomos caminhando atrás dos nossos pais pelo lindo tapete.

"Temos novidades por aqui! Família Bailey acabou de chegar, e chegaram em grande estilo!"

"Família Bailey acabou de chegar e rouba a cena de toda festa, acompanhe!"

Escutava isso e mais um pouco de diversos jornalistas aqui, até ao momento eu estava com a cara levemente fechada, foi só eu avistar um serzinho insuportável me olhando profundamente que soltei um sorriso sincero.

Tiago tava lindo com aquela roupa que eu escolhi.

Entramos no salão e as pessoas começaram a se acomodar já, bons minutos depois o lugar se escurece e as luzes focam diretamente na escadaria, onde o meu pai desce calmamente com um sorriso no rosto.

— Boa noite a todos! — ele deseja e os convidados o responde. É com muita alegria e satisfação que encerramos mais um ano de uma trajetória de sucesso na empresa Bailey!!! — todos o aplaudem . — E é com mais alegria ainda, que dou a largada para mais um ano de carreira excelente! Todos vocês que estão aqui, estão porque fizeram parte disso tudo, fizeram a coisa acontecer, eu sou extremamente grato por toda parceria e colaboração envolvida! — e mais aplausos — E agora peço uma salva de palmas exclusiva para a minha família! Mônica, Gabriella e Leonardo!!!

— É agora! — cochicho comigo mesma baixinho. — Descemos nós três da escada sentindo os holofotes na gente, eu estava um pouco nervosa

Meu pai volta a falar um monte, ele passa a voz para a minha mãe em seguida, depois tem a homenagem para demais funcionários da empresa e por fim a cerimônia de abertura acaba.

Tiago

A cerimônia de abertura chegava ao fim e agora estávamos no salão número 2. A única coisa que eu estava fazendo até agora era observar a Gabi de longe. A mesma estava sempre com muita gente envolta, muito homem em volta, e eu confesso que não gostava nada daquilo.

Ela não é minha, mas foda-se também.

Ela estava linda, aquele vestido valorizou muito aquele corpo.

Consigo uma chance com ela sozinha e caminho até ela por trás.

— Oi. — sussurro no ouvido dela.

— Ai que sus... Oi! — ela se vira pra mim. — Não sabia que era você.

— Agora sabe burguesa. — sorrio. — Você está deslumbrante.

— Obrigada. — percebo ela ficar vermelha com o meu elogio.

— Escuta, nem dá pra chegar perto de você, quanto gente te cercando pô. — coço minha nuca.

— É! — ela sorri colocando a cabeça pro lado. — Por que quer ficar perto de mim?

— Ué, pensei que fôssemos parceiros! — a encaro.

— Ah é né! — ela ri.

— Fala Gabizinha! — Gabriel chega por trás dela a abraçando pela cintura. Que porra era essa?

— Oi Gabriel! — Ela se vira a ele a cumprimentando.

— Ó, teus pais tão te chamando, querem falar com você. — Gabriel o playboy fala pra patrícia.

— Obrigada por avisar. Depois a gente conversa. — diz me olhando e eu sorri fraco.

Gabriel olha pra trás para se certificar que Gabi já estava longe e se aproxima de mim.

O boy quer me bater agora?

— Preciso te falar quatro palavrinhas: fica, longe, da, Gabriella.

— Ih Rapaz! Quem tu pensa que é? — cruzo os braços.

— Sou o Gabriel, muito prazer! — ele diz debochado e eu rio sarcasticamente.

— Muleque tu se liga tá me entendendo? Você não é superior a ninguém, tu trata de manter respeito comigo. Se eu fosse você eu aceitaria que a Gabi não te quer e largaria do meu pé, fechou irmão?

— Isso é o que veremos! — Ele sai se esbarrando no meu ombro, boyzinho de merda.