27 | Spiritoso

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ANTES DA FESTA

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ANTES DA FESTA

Conheço George o suficiente para saber que tem algo de errado com ele. Para contextualizar: ele é sempre muito barulhento, está sempre sorridente e falando muito, mas dessa vez, estava quieto. Quieto até demais. Comecei a suspeitar disso, só que todas as vezes que tentava perguntar o que estava acontecendo, ele apenas desviava do assunto ou dava respostas vagas.

Bom, hoje é sábado, ou seja, não temos que ir à escola e ficamos juntos por mais tempo. Sei que é errado, mas decidi espiar o que George estava fazendo para ver se eu conseguia descobrir alguma coisa. A tia Erina não estava em casa, ela precisou resolver uma emergência no hospital, meu pai também não estava em casa por conta de trabalho e o tio Jonathan estava ocupado demais corrigindo provas em seu escritório.

Fiz os mesmos passos que meu primo pela casa e, graças a Deus, ele é muito distraído para perceber que estava o seguindo. Continuei e percebi que ele estava indo para o quarto dos seus pais. Espiei pela porta e vi que ele tinha abrido o armário da sua mãe, pegara o notebook dela e estava tentando digitar a senha, mas ele não estava conseguindo e apenas resmungava.

Me aproximei um pouco dele e perguntei:

— O que você tá fazendo?

George deu um pulo, quase derrubando o notebook no chão. Ele me lançou um olhar assustado e logo em seguida suspirou aliviado e levou uma mão ao peito. Acho que, no fundo, ele temia que seu pai o visse fuxicando as coisas da mãe.

— Porra, Giorno, que susto! Achei que fosse meu pai. - ele respira fundo e levou a mão que estava no peito para a cabeça.

— Você não me respondeu. - afirmei — O que você tava fazendo com o computador da sua mãe?

— Isso não é da sua conta. - respondeu rispidamente.

— É sim! Me responde, George.

Com raiva, meu primo fechou o notebook e o colocou de volta no armário. Ele tentou sair do quarto, mas eu fechei a porta a tempo e disse:

— Você não vai sair daqui até que me diz o que está acontecendo.

— Que saco, por que você é tão teimoso? - resmungou — Tá, okay, eu vou dizer o motivo. - Ele sentou-se na cama e sentei ao seu lado, segurou suas mãos e começou a se explicar: — Na quarta-feira, o Okuyasu me encurralou na biblioteca e começou a me dizer coisas estranhas, como eu não devia confiar tanto nos meus pais, principalmente na minha mãe e que o casamento deles não era as mil maravilhas. Eu fiquei confuso, claro, e perguntei pra ele o que queria dizer com isso, foi aí que ele tirou algumas fotos do bolso do seu casaco e... essas fotos mostravam a minha mãe tomando café e abraçando um dos médicos do hospital que ela trabalha.

"Eu fiquei indignado e tentei defender a minha mãe, como todo filho faria, dizendo que aquelas fotos são inocentes e que minha mãe nunca trairia meu pai. Ele só riu da minha cara e disse que uma mulher que fica sorrindo e abraçando outros caras, é certamente uma vagabunda. Consegue acreditar nisso? Ele chamou a minha mãe de vagabunda! Me segurei muito pra não socar ele naquela hora. Ele só jogou uma pilha de fotos no meu rosto e disse pra eu me contentar que eu tinha uma prostituta barata como mãe e foi embora rindo da minha cara.

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