Golden Experience [JJBA]

23 | Coercion

A escola é, sem dúvidas, a maior sugadora de almas do mundo.

Eu to mentalmente e fisicamente exausto, nunca achei que uma escola pública seria tão exaustiva quanto a particular, não só pelas provas e pelos professores, mas também pelo Josuke e a turminha dele que não me deixam em paz nunca. Mas ainda bem que agora é o intervalo e posso descansar um pouco.

Como não quero ficar carregando vários livros nas minhas mãos, vou até meu armário para guardá-los.

Quando o abro, me deparo com uma foto minha completamente desfigurada, cheia de arranhões e estava escrito em vermelho: "BEM VINDO AO INFERNO".

Arregalo meus olhos, minha boca está entre aberta e meu coração começa a acelerar. Fecho meu armário com tanta força que chama a atenção das pessoas em volta. Começo a tremer em tentar raciocinar o que é isso, será que o Josuke não vai me deixar em paz nunca?

Vários cenários perturbadores começam a passar pela minha cabeça, são um pior que o outro. Tenho pavor de um dia eles me encurralarem e queimarem meus braços com chapinha, que nem eles fizeram com aquele outro garoto.

Antes eu achava esse cenário impossível, mas considerando tudo que o Josuke fez até agora, não duvido que essa seja uma forte possibilidade.

Sinto alguém encostar no meu ombro, dou um pulo e sou tirado dos meus pensamentos. Olhos para trás e vejo que é o George, me encarando com um olhar preocupado.

— O que foi? Parece que viu um fantasma. - ele diz.

— Eh, bem...

Parece que ele já percebeu o que estava acontecendo, ele me empurra para longe do meu armário, tento o impedir, mas já era trade demais. Ele abre e vê aquela foto desfigurada e com aquela frase escrita. Ele franze o cenho de indignação, pega a foto e a rasga, em seguida a jogando no lixo.

Meu primo está com a respiração acelerada e claramente com raiva. Ele vira-se para mim e diz:

— Quem aquele filho da puta pensa que é? Até quando ele vai ficar fazendo essas palhaçadas? Ele acha mesmo que pode fazer o que quiser sem consequência nenhuma? - ele está se referindo ao Josuke. Chega até ser bizarro como a diretoria o protege — Pois, ele vai ver só uma coisa. - ele diz em um tom determinado e sai marchando e chamando pelo Josuke pelos corredores.

— George, para! Isso não vai adiantar de nada! - digo tentando o acompanhar e segurando o braço dele, mas ele tira o seu braço das minhas mãos e continua andando em passos firmes — Para com isso!

Parece que tudo o que digo é em vão, meu primo sai procurando pelo Josuke a escola inteira, mas nada de achar. Como ele não desiste fácil, continua procurando até que trombamos com ele, Okuyasu e Koichi, na escadaria. Eles estavam descendo e nós subindo. Os três tentam passar por nós, mas o George segura o braço do Josuke e fala: