03 | Tensione

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— Desce logo, Giorno! - meu pai diz

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— Desce logo, Giorno! - meu pai diz.

Com muita raiva e preguiça, desço do carro.

— Olha, sem fazer cara emburrada hoje, viu, Giorno? Eu não quero que o vice-diretor tenha uma má impressão sua. - meu pai alertou.

— Você nem vai pagar a mensalidade daqui, pra quê se preocupar? Esse cara vai ter que me aceitar como sou, senão, eu vou embora feliz da vida. - respondo.

Meu pai revirou os olhos bufando.

— Faça um esforço, Giorno. Pelo menos, em algum momento da sua vida, tem que fazer algo que não gosta. - ela disse já ficando irritado.

Como se eu já não fizesse isso todos os dias.

— É só até o final do ensino médio, primo. - George diz com seu bom humor irritante.

Eu, meu pai e meu primo George estamos na frente da escola em que vamos estudar. Bucciarati High School, que nome zoado.

Só vim para cá, pois o tio Jonathan é professor aqui, professor de história, mais especificamente.

Para piorar, a escola ainda é pública. Ou seja, o tipo de gente que frequenta essa escola deve ser todos um bando de fodidos.

Entramos na escola e já fomos recebidos pelo Sr. Abbachio, vice-diretor dessa escola. Era para o Sr. Bucciarati fazer isso, mas ele acabou tendo um compromisso de última hora e ele pediu para o Abbachio mostrar a escola para gente. Olho tudo ao redor com desgosto e nojo e com os braços cruzados. Os armários não são tão diferentes de uma escola particular, tirando alguns que tiveram a fechadura quebrada ou a porta amassada.

As salas de aula são espaçosas e algumas têm mesas redondas ou mesas para sentar em dupla com outra pessoa. O laboratório é bem inferior ao de uma escola particular, é bem menor e não deve caber mais de vinte pessoas nisso.

O banheiro? Cheio de rabiscos e pichações, quase parecendo um lugar insalubre.

Ao contrário de mim, George parecia amar aquela escola cada vez mais, não sei como.

Finalmente, depois do tour cansativo pela escola, chegamos a sala do Sr. Abbachio. Sentei em uma cadeira do lado do meu pai, enquanto meu primo sentou-se do outro lado do meu pai, com aquele sorriso idiota no rosto.

Que ódio, eu só queria ir embora!

No momento em que eu ia pegar meu celular para mexê-lo, o Sr. Abbachio me pergunta:

— O que achou da escola, Giorno? - ele perguntou com um sorriso mais falso que já vi na vida.

— Podia ser melhor. - respondo, ele logo desfaz o sorriso.

Sinto meu pai pisar no meu pé como forma de repreensão, nem ligo. Apenas pego meu celular e fico mexendo nele até a matrícula terminar.

Tive que ouvir um sermão de duas horas do meu pai, pois segundo ele, fui grosso demais com o Sr

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Tive que ouvir um sermão de duas horas do meu pai, pois segundo ele, fui grosso demais com o Sr. Abbachio e que eu não devia ter falado daquele jeito com ele, mas eu nem falei nada de mais! Só disse que eu não tinha gostado da escola e que poderia ser melhor, o que tem de tão errado nisso?

Às vezes, eu não entendo os sermões do meu pai.

Eu nem sou tão grosso assim, os outros é que se ofendem fácil.

Enfim, ele ficou me dando um sermão de duas horas, falando e falando a mesma coisa repetidas vezes, se eu me atrevesse a virar o olho, pronto, mais uma hora de sermão.

Isso foi se estendendo até o caminho de casa, até que ele para e vemos um rosto conhecido.

— Anne! - digo com um sorriso e vou correndo abraçá-la e a aperto.

— Ai, garoto, cê tá me machucando! - ela reclama, mas não me empurra para aliviar o aperto.

— O que faz aqui, tia Anne? - George pergunta.

Depois dela me dar dois tapinhas nas costas, alivio o aperto e ela me abraça de volta com um braço e fala.

— Fiquei sabendo pela Erina que o estrupício do Dio veio pra cá e resolvi passar pra dar um oi.

— Estrupício seu cu. - meu pai responde alfinetando.

— Estrupício, sim, eu hein. - ela o alfineta de volta. — Enfim, como que você tá, Giorno? - ela pergunta olhando para mim com um sorriso no rosto.

Quando ela se virou para mim, foi só aí que consegui ver suas cicatrizes no rosto. Ela tem um corte enorme na bochecha e um olho roxo.

— Mãe, o que houve com seu rosto? - pergunto preocupado.

Logo em seguida, Anne me empurra para longe e responde irritada:

— Eu já não te disse pra não me chamar desse jeito, moleque? Eu não sou sua mãe e nunca vou ser! Quanto ao meu rosto, não se preocupe, eu só tive uma briga com uma colega, só isso.

Meu sorriso se desmancha quando ela me empurra e fala essas coisas para mim. Não entendo porquê ela não gosta que a chamo de "mãe", ela é a minha mãe, por mais que não tenha me parido.

Não tem aquela frase que diz que "mãe e pai é quem cria"? Então, a Anne me criou durante boa parte da minha vida, então é natural que eu a chame de mãe. Mesmo que ela não goste, é inevitável, é quase automático, para ser sincero.

— Anne - meu pai diz. —, acredita que o Diavolo finalmente deu um sinal de vida?

— Serião? Achei que ele tinha morrido. - ela respondeu.

Olho para meu primo e ele está com o mesmo semblante confuso que eu. Quem raios é Diavolo?

Parece que o George leu os meus pensamentos e logo em seguida perguntou:

— Tio Dio, quem é Diavolo?

— É um velho amigo meu e do seu pai. - ele respondeu olhando para meu primo. — A gente se afastou depois da escola, mas parece que ele vai voltar a falar conosco. - ele pausa. — Ah, ele tem uma filha da idade de vocês e ela estuda na mesma escola que vocês.

Eu não sei se isso é bom ou ruim.

Talvez seja mais puxado para o bom do que para o ruim, pois eu e George finalmente temos alguém da nossa idade para conversar, embora seja uma garota...

Não que isso me incomode, mas é que nós claramente não vamos ter quase nada em comum para conversar. Contanto que ela não seja uma louca por futebol que nem o George, para mim está tudo certo.

— Vou ver se falo com ele de novo, pra que a gente marca um churrasco aqui em casa e chamar ele, o Kars e o Esidici. - meu pai diz já pegando o celular.

— Mas... - eu começo. — o tio Kars vai trazer o Wamuu e o Santana junto? - finalmente pergunto.

— Essa é a intenção, Giorno. - meu pai responde. — Assim, todo mundo conhece a filha dele também.

Tá, isso é loucura.

O Wamuu é mais velho que eu e o George, ele nunca quis muito papo conosco e também não fazia questão de conversar com a gente, apesar dele também gostar de futebol que nem o George.

E tem o Santana...

Ele acabou de fazer dez anos e ele é simplesmente insuportável. Ele é aquela famosa criança encapetada, que pula nos móveis, estoura bombinha achando que é muito engraçado assustar a gente. Uma vez ele tacou bombinha dentro da casa dele e isso quase ocasionou em um incêndio. O Santana também acha muito engraçado ficar mexendo na tela dos nossos celulares e depois sair correndo como se nada tivesse acontecido.

Eu sei, ele é só uma criança, mas ele me irrita demais!

Só espero que essa filha do Diavolo seja pelo menos um ser humano suportável.

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