15 - Don't.

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  Chelsea enrrola os dedos em meus cabelos e os puxa para trás enquanto aperta suas enormes unhas vermelhas contra meu pescoço, quando consigo empurrar sua mão faço a única coisa que me vem a mente: mordo sua orelha. Ele grita e começa a se debater, eu seguro em seus pulsos e a empurro, ficando por cima. Eu coloco minhas pernas de cada lado de seus quadris e ela consegui acetar um tapa no meu rosto, quando estou prestes a revidar sinto braços em volta da minha cintura me puxando para trás, eu bato um pouco minhas pernas na intenção de impedir que ela se aproxime mas um garoto segura em seus braços e os coloca para trás, a imobilizando. 

  Em segundos vejo a rodinha que já havia se formado em volta de nós se abrir e o diretor apareçe completamente furioso.

-O que está acontecendo aqui? -Ele grita e todos se afastam. -Senhorita Daltton, o que você está fazendo? -Ele vem em minha direção e o rapaz que estava e segurando me solta.

-Senhor, a culpa não foi minha! -Falo enquanto tento me recompor.

-Foi sim! Esse vadia me agrediu, diretor! -Chelsea berra e tenta avançar em mim, mas o senhor Sparks se coloca a frente.

-Já chega, as duas para a minha sala agora! -Ele aponta e nós duas caminhamos até a diretoria. -E vocês? Vão estudar! -Ouço ele falando para os outros antes de nos seguir.

  Ao chegar nos entramos e nos sentamos, o diretor fica alguns minutos no corredor enquanto Chelsea retocava a maquiagem e eu tentava amenizar a dor dos arranhos que ela fizera em meus braços.

-O que vocês estavam pensando? -O diretor entra e fecha a porta com força.

-A culpa não foi minha... -Chelsea começa, mas logo é interrompida.

-Não importa! Vocês fizeram uma baderna na escola e eu estou muito decepcionado, principalmente com você Skye. -Ele me olha e eu abaixo a cabeça.

-Sinto muito. -Suspiro e sintos as lágrimas chegarem, mas trato de controla-las.

-Agora podem me explicar o que aconteceu para vocês chegarem a esse ponto? -Ele se apoia em sua mesa.

-Eu fui conversar com a Skye e do nada ela começou a me bater! Eu só tentei me defender...

-Eu deveria contar toda a verdade e seu namoradinho iria pra a cadeia! -Falo um pouco mais alto que um sussurro e ela arregala os olhos.

  Ouço passos rápidos no corredor e derrepente a porta da sala é aberta e entram minha mãe e um senhor loiro, que suponho ser o pai de Chelsea. Eu olho espantada para o diretor e ele fala:

-Eu avisei que dá próxima vez que você parase aqui, eu chamaria sua mãe! -Eu apenas bufo e cruzo os braços sobre o peito.

-O que isso significa? -O senhor e aproxima de nós e Chelsea se levanta, ficando de frente para ele.

-Papai, foi ela quem começou, eu não tive culpa! -Ela fala, mas é ignorada.

-Senhor White, senhora Daltton, eu os chamei aqui para falar sobre suas filhas. -Sr. Sparks fala e pelo canto dos olhos vejo minha mãe me fuzilar com o olhar, enquanto eu apenas me encolho na cadeira.

-Skye, o que você fez? -Minha mãe fala brava e olha para meus ferimentos.

-Desculpe, mãe. -É a única coisa que consigo falar antes de ser dominada pelo choro frenético.

  Eu não consigo ouvir mais a conversa deles pois estava concentrada no sentimento de impotência que ficava cada vez mais forte, eu poderia contar sobre o que Zayn tentou fazer e talvez esquecessem essa briga boba, ou pelo menos veriam que eu tive motivo para agir daquele geito, porém teria que contar sobre quem me ajudou e isso só deixaria as coisas mais confusas, talvez interpretassem errado e poderiam pensar que Harry fez aquilo em troca de algo, ou até mesmo poderiam pensar que estamos namorando. Ou talvez seja apenas o sentimento de vergonha pelo que quase aconteceu falando mais alto.

-Skye, está me ouvindo? -Minha mãe fala e eu tiro as mãos da frente do rosto, então consigo perceber que Chelsea e seu pai acabaram de sair. -Vamos embora. -Ela fala séria e nós saimos da sala.

  Nós vamos até o ponto de ônibus e ao entrarmos no mesmo nos sentamos, assim seguimos por todo o caminho em silêncio. As vezes minha mãe olhava como se fosse falar alguma coisa, mas apenas suspira e volta a olhar para a rua através da janela.

  Ao chegarmos em casa eu vou direto para o quarto, sabia que era exatamente isso que ela iria me mandar fazer, então decido evitar tomar um bronca maior do que a que provavelmente irei receber mais tarde. Ao chegar no quarto jogo a mochila na cadeira e vou ao banheiro tomar um banho. Quando saiu sento-me na cama ainda de roupão, logo a porta é aberta e minha mãe entra e minha mãe entra carregando um pequena caixinha de curativos. Ela senta-se ao meu lado e começa a cuidar dos meus cortes e machucados, mesmo sem querer admitir, Chelsea fez um belo estrago!

-Obrigado! -Sussuro enquanto ela guarda as coisas e fecha a caixa.

-Eu sei que você não é de brigar por besteiras, mas eu não posso está indo sempr a escola por algo que você fez! -Ela fala e eu assinto. -Promete não vai apenas ignorar essas meninas?

-Prometo! -Sorrio e logo rcebo um beixo na testa, minha mãe sai me me deixa só.

  Já havia ficado tarde e eu ainda estava deitada na cama, olhando para o teto. Não tinha vontade de ficar trancada, até porque minha mãe não me colocou de castigo, então lembro-me que ainda estou com o paletó de Harry e decido levar para ele. Eu visto um moletom comprido, que pelo fato de eu estar de short, faz com que parece que eu estou usando apenas a parte de cima. 

  Eu pego o paletó no guarda-roupa e desço as escadas devagar, notando que todos já estavam dormindo. Eu saiu pela porta dos fundos e caminho pelo gramado até o galpão, antes que eu bata ou faça qualquer sinal a porta é aberta e vejo Harry de pé a minha frente. Ele me olha de cima a baixo de dar um sorriso diferente, como se mil coisas tivessem passado por sua mente ao me ver.

-Eu vim devolver seu paletó. -Sorrio e estendo a roupa, que ele logo pega.

-Obrigado, por que você não entra? Vou pegar o casaco que você esqueceu no carro! -Ele entra e eu faço o mesmo, quando tento encostar a porta ela escorrega das minhas mão e fecha.

-Estamos presos? -Pergunto e caminho alguns passos.

-Não, só é puxar que abre. -Ele fecha a porta do armário e me entrega minha blusa. 

  Eu caminho até a saída mas em menos de três passos sinto Harry segurar meu braço e me puxar levemente para trás. 

-Desculpa, eu sei que aqueles caras só mecheram com você porque eu fiz aquilo. -Ele suspira.

-Tudo bem, na verdade foi a segunda vez que você me salvou, então sem problemas! -Sorrio.

-Ótimo, não quero que outra pessoa te machuque. -Ele dar alguns passos mais a frente e tira uma mecha de cabelo do meu rosto.

-Não? -Nesse momento eu estava tão vidrada em seus olhos, quanto ele em mim.

Não Abra A Porta Para Estranhos [H.S]Onde histórias criam vida. Descubra agora