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Tamo numa enrascada agora não tem pra onde ir, está muito escuro e o maluco deve está se aproximando, e essa peste do meu lado não faz nada!
Um som de faca sendo afiada ecoa.

-Eu vou contar até três para o casalzinho sair do esconderijo -Diz o homem

-Ai minha nossa senhora de Guadalupe, tenha piedade da gente -Diz Robin num tom baixo olhando pros lados como se tivesse procurando algo.

-Um... -os passos dele ficam mais próximos -Dois...

Ele tá se aproximando e agora!

-Trê...

Robin agiu rápido, antes de ele completar o 3 o garoto pegou uma latinha de coca cola e a jogou num ferro onde segurava a lona, o maluco deu meia volta e foi em direção ao barulho.

-Agora vamos -Arellano pega uma de minhas mãos me ajudando a levantar e juntos vamos pro lado de fora do Circo.

O pessoal estava correndo agitado, tinham palhaços e as vestes eram as mesmas do dia em que encontrei a Van preta, vermelha e preta... Cada um deles tinha uma arma em suas mãos, o portão de entrada tava trancado algumas pessoas tentam sair mais são atingidas por um jeito cruel pelos maníacos.
Na minha mente só vem onde está meu irmão e meus amigos? Será que estão vivos?

-Vamos por aqui -Ele me puxa para o meio do mato se afastando das pessoas

Mas infelizmente aquele maníaco acha a gente e fazendo um andado estranho, um sorriso aterrorizante e balançando o Machado começa a correr atrás da gente.

-Ah mas que porra! -Eu digo e aperto o passo ainda correndo

-Vamos a gente tá perto -Diz Robin ainda correndo comigo

A gente corre e passa por um depósitos, Robin me dá um empurrão e acabamos entrando nesse depósito, o garoto fecha a porta e coloca um peso sobre a porta e me puxa em seus braços fazendo nos dois ficarmos em uma abraço, ele fecha os olhos e os passos do maluco começa a passar longe, despistamos ele...
Era possível sentir nossa respiração em uma só, o coração do moreno estava disparado assim como o meu e suas mãos estavam tremendo.

-Ele já foi -Ele diz num tom baixo

Não consigo me segurar e então as lágrimas do meu rosto começam a escorrer e os soluços ficam presentes.

-Meu...Meu irmão pode estar m-morto, meus amigos... -falo entre soluços

-Ei não diga isso...Eles vão estar bem, você verá, vão estar seu irmão, a Lyn, todos, vão estar do lado de fora esperando por você... -Ele responde Ainda abraçado comigo

-Você não está preocupado? Ah sua amiga/ namorada não sei, Finney a Donna.

-Eu estou mais do que você pensa, mas seria eu preciso manter a calma pra não fazer besteira, eu tô com muito medo de perdê-los mesmo que não pareça -Ele diz com a voz trêmula.

Eu limpo minhas lágrimas e olho nos olhos do moreno e saio do abraço.

-O Finn é inteligente, com certeza ele já deve ter bolado um plano para conseguir fugir -Eu digo e ele concorda com a cabeça -Que azar né?Seu encontro deu muito errado.

-Encontro? -Ele responde

-É, aquela garota é sua namorada não?

-Da onde você tirou isso?

-Desculpe mas...Eu meio que ouvi vocês conversando na praça e vi ela se declarando pra você. Bom se depois dessa ficar tudo bem eu desejo tudo de bom ao casal.

-Pera, pera! Se declarando? A acho que vc entendeu errado

-Como assim? Eu ouvi muito bem

-Não, aquilo foi literalmente uma encenação, ela tava me pedindo conselhos amorosos, então eu pedi pra ela fingir que eu era o cara que ela gosta pra eu ver como ela se declararia pra ele, ela só falou meu nome por que não quera me dizer quem era o garoto. -Ele diz e minha cara foi no chão, eu ouvi tudo distorcido - Eu e a Kimberly somos amigos desde do 1° ano, eu a vejo como uma irmã mais nova, nada mais. E hoje é o último dia dela em Danver pois ela vai se mudar para Califórnia, e meio que seria uma despedida entre amigos.

-Ai minha nossa -Eu coloco minha mão sobre a testa tentando assimilar toda aquela informação.

-Se fosse pra ter uma garota em minha vida, a única que eu gostaria seria você... -Ele diz e eu olho

-Como assim? -Eu digo -Do que está falando?

-Se louco, eu pensava que eu era lerdo mas tu também em, agora não é hora e nem momento bom pra dizer isso mas aqui vai -Ele respira fundo olha em meus olhos e diz - Garota eu sou apaixonado por você desde que você pisou naquela maldita escola! Esse negócio de encher seu saco foi um jeito que eu encontrei de chamar a sua atenção, um jeito que eu encontrei de ficar perto de você, você é a garota na qual eu sonho em me casar naquela igreja, é pra você que dedico cada batida de meu coração, e se esse for o último dia de minha vida eu fico feliz que seja ao seu lado...

Meu corpo paralisou eu não sabia oque dizer, meu coração parecia que ia sair pela boca e a única coisa que eu consegui fazer foi me aproximar do garoto segurar em suas bochechas e beijá-lo, o beijo era lento e cheio de sentimentos, dava pra sentir que ambas as partes estavam esperando isso por muito tempo, eu sentia uma eletricidade invadir meu corpo assim como eu senti no primeiro dia que a gente se encontrou, se eu soubesse que dês daquele dia o nosso sentimento era recíproco talvez eu já teria me declarado a muito tempo.
A falta de ar se faz presente e o beijo se encerra com um selinho.

-Caraca, se eu soubesse que era recíproco eu provavelmente já teria me declarado - eu digo e abraço o garoto.

-Eu esperaria mil anos se fosse preciso- Ele sorriu, retribui o abraço e dá um beijo em minha testa.

O momento é cortado assim que um barulho de bancada bate na porta fazendo ela começar a se quebrar.
Robin me coloca atrás dele ficando em minha frente, a porta se arromba um homem com um chapéu mágico, máscara parecida com um diabo, capa preta com o fundo vermelho aparece na porta.

-Olá Garotinha -Ele diz e liga a motosserra em suas mãos

Estamos sem saída, não há para onde correr, eu só ouço oque parece a voz de um anjo dizer...

Continua...

Até a Próxima Vida Onde histórias criam vida. Descubra agora