House of the Dragon: The Dragon Ascension - Reborn

VI - The Dragon Room

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[1⁰ PDV]
113 DC

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Os dias eram monótonos na côrte. Havia completado quatro anos recentemente, e comecei a seguir uma intensa rotina diária. No período da manhã, treinava com a espada e o arco nos campos de treinamento usados pelos cavaleiros e guardas reais. De tarde, estudava sobre a história de Westeros, da Conquista, e aprendia Alto Valiriano. Nos testes feitos pelos meistres eu sempre tirei boas notas, por conta do meu antigo conhecimento desse universo. No entanto, ser bajulado pelos tutores é o que menos gosto. Eles sempre dizem como sou esperto, aprendo rápido e até seria um bom governante. Eu gosto de elogios, como os da minha mãe, mas ouvir os meistres me bajulando o dia todo é chato. Sei que eles tem medo de nós. A casa do dragão causa esse sentimento nos fracos e indefesos. E se amolecermos, como meu tio Viserys faz, as pessoas nos usam, usam nossa força. Por isso devemos ser fogo e sangue, sempre tive esse pensamento sobre os targaryens quando lia os livros, e agora concordo ainda mais com isso.

- Jovem mestre, o que está pensando? - questionou o meistre, meu tutor, enquanto eu me perdia nos meus próprios pensamentos.

- Não é nada. - respondi. - Pode continuar, por favor.

- Então, qual a capital do norte? - perguntou

- Winterfell. Governada pelos protetores do norte, os Stark. Seu lema é "o inverno está chegando". - respondi, sem deixá-lo perguntar mais sobre.

- Então, e dessa casa? - questionou de novo, apontando para o Vale de Arryn.

- Casa Arryn, governa o Vale, sua fortaleza principal é o Ninho da Águia, que podemos considerar a capital da região. Seu lema é "tão alto como a honra". O pequeno lorde do Vale foi conquistado por Visenya, a irmã de Aegon I, e seu dragão, Vhagar. - conclui, com ainda mais informações do que anteriormente.

- Muito bem, jovem mestre. - disse o Meistre, fechando um grande livro. - Acabamos por aqui hoje. Você está se saindo bem para alguém tão novo.

- Obrigado, professor. - agradeci e me levantei, saindo da sala onde aconteciam as aulas.

Antes de voltar para o meu quarto, dei uma volta pelos corredores, gosto de andar pelo castelo para descobrir mais passagens secretas. Primeiro, passei pela sala que guarda os crânios dos dragões e os deixa à mostra, como o de Balerion, o Terror Negro, o dragão que foi montado pelo Conquistador, pelo seu filho, Maegor, o Cruel, e também por meu tio, o rei Viserys. Vi outro crânio perto, que identifiquei como sendo de Meraxes, o dragão de Rhaenys Targaryen, a irmã de Aegon I, que morreu em Dorne. Bem, ambas morreram. Fiquei um tempo na sala admirando os crânios gigantescos que são pendurados e colocados por cima de uma espécie de mármore, rodeados por várias velas que iluminam todo o entorno. Também estavam guardados outros crânios no canto da sala, em ordem de tamanho, mas não pude reconhecê-los. Devem ser dos dragões do século de sangue, que viveram durante o período que ocorreu entre a perdição de Valíria e a Conquista de Aegon. No entanto, depois de ver tudo aquilo, não pude conter minha curiosidade para saber o que estava lá embaixo, e, agindo por impulso, desci mais escadas. Avistei um tipo de beco após descer vários degraus, e fui andando devagar. Vi de longe uma grande grade de metal que levava para um lugar totalmente escuro, que deve ser as masmorras. Se cheguei até aqui, estou no lugar mais fundo da Fortaleza Vermelha. Nesse exato momento, pensei que deveria voltar rápido pro quarto, antes de me perder ou alguém me encontrar ao lado das masmorras, mas não tive tempo para agir. Escutei passos nas escadas, cada vez mais altos, e a única coisa que pude fazer foi correr para atrás de um pilar.