House of the Dragon: The Dragon Ascension - Reborn

VIII - Sky Tour

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[1⁰ PDV]
114 DC

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Após terminarmos o treino, eu e meu pai saímos dos campos e fomos pra dentro da Fortaleza Vermelha. Fui andando atrás dele sem falar muito, apenas pensando como reagir quando minha mãe desse a notícia da sua gravidez. Preciso dar um jeito de disfarçar que já sei que vou ter um irmão, mas é difícil pra mim, que nunca tive um antes, muito menos uma família próxima de mim como tenho hoje.

Passamos pela cozinha do castelo para pegar umas frutas e nos sentamos para comer. Aproveitei para tentar puxar assunto, ainda com um pouco de vergonha de como reagir a essa novidade. 

– Eu sempre quis ter um irmão. – não era mentira. Afinal, nunca tive um mesmo. Nessa vida, meus "irmãos" eram meus primos, porque temos quase as mesmas idades e convivemos juntos todos os dias.

– Não sabia, filho. –  meu pai me respondeu. – Mas agora você vai ter um, Aemon. Quer que seja um irmão ou uma irmã? –  ele me questionou. 

Cocei minha cabeça enquanto pensava antes de responder. Acabei de receber a notícia de que vou ter um irmão, nem consegui imaginar o sexo do bebê. – Não sei pai. Vou proteger o bebê mesmo se for menino.

– Esse é o espírito. – ele disse enquanto passava a mão no meu cabelo, desarrumando-o. – Tá pronto para encarar sua mãe?

– Acho que sim. –  respondi tentando demonstrar confiança. 

–  Você não pode contar pra ela que eu te falei antes, Aemon. – meu pai afirmou.

– Tudo bem pai. Deixa comigo. – respondi novamente. 

Terminamos de comer e levantamos para ir ao encontro de minha mãe. Ao sairmos da cozinha, fomos andando pelo castelo, conversando sobre a família, o reino e as tradições. Andamos tanto pela Fortaleza Vermelha que até me perdi, mas em um momento identifiquei o local por onde estávamos passando, eram as mesmas escadas que desci quando encontrei a rainha e Larys Strong. Não falei nada sobre aquele dia, apenas segui meu pai, até que ele parou em frente a Sala dos Dragões, o cômodo que guarda os crânios dos dragões da nossa família, como Balerion, o grande Terror Negro. 

– Vamos parar aqui antes de irmos pro quarto. –  ele disse, me chamando. – Vamos, entre. 

– Tudo bem pai. –  acompanhei ele e entrei na sala também. Estava do mesmo jeito que da última vez que passei por aqui. Os crânios, iluminados por centenas de velas, expostos pelo ambiente. Haviam os pequenos, os médios e poucos grandes, e havia o de Balerion. O crânio do Terror Negro é simplesmente monstruoso, facilmente caberia três de mim ali dentro. 

– Você não se assustou muito, já tinha entrado aqui antes alguma vez? – meu pai me perguntou.

– Sim. – respondi honestamente. – Vim aqui uma vez com meu tutor de Alto Valiriano. – menti na esperança que ele acreditasse. 

–  Entendi. Você sabe de quais dragões são aqueles dois crânios? – ele perguntou, apontando para o maior, que é claramente o de Balerion, e outro menor, que por estar perto eu já tinha minhas suspeitas.

– O menor acredito ser de Meraxes, ou não? – perguntei.

–  Isso mesmo. – meu pai respondeu. – E o outro? 

– O maior é de Balerion, o Terror Negro. – respondi, olhando para as velas que iluminam a sala. – O dragão do meu tio, certo? – perguntei, me virando pro meu pai.